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Lagarde diz que alta de 50 pb nos juros em março é 'muito, muito provável'

A presidente do BCE defendeu que o apoio dos governos seja direcionado aos mais vulneráveis e temporário

Estamos fazendo progressos, mas ainda há trabalho pela frente", resumiu (Andreas Rentz/Getty Images)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 6 de março de 2023 às 08h45.

Última atualização em 6 de março de 2023 às 10h32.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde , afirmou ser "muito, muito provável" uma alta de juros de 50 pontos-base neste mês pela instituição. Em entrevista veiculada no domingo em vários jornais da Espanha e disponível no site do BCE, ela notou que o núcleo da inflação, que exclui energia e alimentos, está "muito elevado" na zona do euro, mas reafirmou que a inflação retornará à meta adiante.

Lagarde disse que não é possível dizer neste momento até que nível os juros serão elevados. "Estamos fazendo progressos, mas ainda há trabalho pela frente", resumiu. Ela disse ainda que o BCE "não quer quebrar a economia", mas tem como objetivo controlar a inflação.

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A presidente do BCE defendeu que o apoio dos governos seja direcionado aos mais vulneráveis e temporário. E também disse que o banco central está atento a eventuais movimentos abruptos ou temores que levem a uma alta indesejada nos prêmios de risco nos mercados. "Estamos muito vigilantes e acreditamos ter as ferramentas necessárias para lidar com esses riscos, caso eles se materializem", apontou.

Philip Lane sugere que BCE deve elevar juros após reunião de março

O economista-chefe do Banco Central Europeu ( BCE ), Philip Lane, disse nesta segunda-feira que pressões de inflação subjacente sugerem que a autoridade monetária deverá seguir elevando seus juros básicos após a reunião de março. No começo de fevereiro, o BCE elevou seus juros em 50 pontos-base e previu um aumento da mesma magnitude para o encontro deste mês.

Em discurso feito em Dublin, capital da Irlanda, Lane citou mapeamento indicando que as pressões inflacionárias na zona do euro ainda são altas, mas que também há sinais de alívio.

Lane detalhou que as pressões inflacionárias mais fortes vêm de custos relacionados a alimentos e de desdobramentos do mercado de trabalho. Por outro lado, as pressões mais fracas estão ligadas a commodities energéticas, commodities não energéticas e não alimentícias, assim como à atividade econômica e a gargalos de oferta, acrescentou ele.

Lane disse ainda que o comportamento dos salários é uma "alta prioridade" para o BCE na avaliação da inflação subjacente.

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