Economia

Petrobras tem reunião "decisiva" com Argentina sobre concessão

A província de Neuquén, maior produtora de gás natural da Argentina, suspendeu no início do mês a concessão da área a estatal brasileira

A decisão foi tomada num momento em que as autoridades argentinas buscam um maior investimento das empresas petrolíferas que operam no país (Divulgação)

A decisão foi tomada num momento em que as autoridades argentinas buscam um maior investimento das empresas petrolíferas que operam no país (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2012 às 12h47.

Rio de Janeiro - A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, terá na próxima sexta-feira uma reunião "decisiva" com representante do governo da Argentina para discutir a recente cassação da concessão de uma área operada pela estatal brasileira no país vizinho.

A província de Neuquén, maior produtora de gás natural da Argentina, suspendeu no início do mês a concessão da área argumentando que a empresa não fez investimentos suficientes para aumentar a produção.

Nesta terça-feira, durante palestra no Rio de Janeiro, a presidente da Petrobras reafirmou que foi surpreendida pela decisão da província, e destacou que a estatal cumpriu o plano mínimo de desenvolvimento da área.

A decisão foi tomada num momento em que as autoridades argentinas buscam um maior investimento das empresas petrolíferas que operam no país, cujo declínio da produção nos últimos anos obrigou o governo a fazer milhões de dólares em importações, que acabaram por minar a sua balança comercial.

A reunião, segundo a executiva, estava previamente agendada, e não tem relação com o anúncio da expropriação pela Argentina da YPF, companhia petrolífera do país vizinho controlada pela espanhola Repsol.

A assessoria de imprensa da Petrobras não confirmou imediatamente o local da reunião. Mas segundo o Ministério de Minas e Energia o encontro será no Brasil.

Graça Foster, como ela prefere ser chamada, vai se encontrar primeiramente com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e posteriormente com uma autoridade da área energética da Argentina.

"Não creio que haja qualquer problema com a Petrobras na Argentina... Não tenho nenhum temor... Seguiremos na normalidade", disse o ministro Lobão, ao ser questionado por jornalistas na saída do Senado.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaCapitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoPetrobrasPetróleo

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor