A Petrobras inaugurou hoje (24/5) seu escritório de negócios em Pequim, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A empresa brasileira e a Sinopec, estatal chinesa de petróleo, assinam amanhã acordo de cooperação que prevê a análise de potenciais negócios no Brasil, na América Latina e no Oriente Médio, a começar por atuações conjuntas no Equador e Irã.

A aliança envolve exploração, produção, refino, construção e operação de dutos, serviços de engenharia e cooperação técnica. As duas empresas já negociavam há algum tempo parcerias para exploração de petróleo em águas profundas.

"A Petrobras tem um papel central na parceria estratégica que o Brasil e a China vêm consolidando", disse Lula, na solenidade de inauguração da representação em Pequim.

Outras empresas brasileiras assinaram hoje contratos com congêneres chinesas. A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) e a Aluminum Corporation of China firmaram acordo para construção de uma refinaria de alumina no Pará, com capacidade inicial de 1,8 milhão de toneladas anuais, investimento de 1 bilhão de dólares e entrada em operação em 2007. A CVRD também anunciou parceria com o Yankuang Group para produzir dois milhões de toneladas anuais de coque na China a partir de 2006.

A Varig e a Air China deram os primeiros passos para a implantação da rota Rio de Janeiro - São Paulo - Munique - Pequim. Memorando assinado hoje prevê o início dos vôos em agosto, com quatro saídas por semana. Estima-se uma demana de 200 mil passageiros ao ano.

A Oi, operadora GSM do grupo Telemar, acertou com a China Mobile uma parceria de roaming internacional. Telemar e China Telecom concordaram em estabelecer "rota direta" em suas operações de longa distância, abrindo margem para a redução de tarifas  as ligações serão originadas em uma operadora e finalizadas em outra, sem passar pela rede de intermediárias.

Mais acordos

No campo da política internacional, os presidentes Lula e Hu Jintao assinaram comunicado em que reivindicam mudanças na Organização das Nações Unidas, a favor de mais influência dos países em desenvolvimento na tomada de decisões.

Os governos brasileiro e chinês também firmaram memorandos de entendimento na área de segurança de produtos alimentares, infra-estrutura, transporte e energia. Outros acordos abrangem cooperação judiciária em matéria penal e cooperação esportiva.

Com informações da Agência Brasil.