Pesquisa da CNI aponta acomodação na construção civil
Em março o indicador de atividade se manteve próximo da média de 50 pontos (ficou em 49,9 pontos), mostrando estabilidade em relação a fevereiro
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2011 às 16h25.
São Paulo - A pesquisa sobre a atividade na construção civil, divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), confirma que o setor entrou em 2011 mostrando sinais de acomodação, após a forte expansão registrada ao longo do ano passado. Em março o indicador de atividade se manteve próximo da média de 50 pontos (ficou em 49,9 pontos), mostrando estabilidade em relação a fevereiro. Um exemplo desse cenário está na opinião dos executivos sobre a margem de lucro operacional, que no final do ano passado era considerada mais que satisfatória e passou a ser insatisfatória. Além disso, o indicador de acesso ao crédito atingiu o menor nível da série histórica.
Segundo Renato da Fonseca, gerente executivo de Pesquisa da CNI, os primeiros meses do ano foram mais difíceis para a indústria da construção, mas lembra que impacto de fatores como a maior ocorrência de chuvas, que são sazonais, devem diminuir nos próximos meses. "A questão climática é pontual, entretanto temos a desaceleração da economia como um todo, que exige um acompanhamento constante. Mas não há falta de demanda, com certeza", acrescenta Fonseca.
Com relação a falta de mão de obra, o responsável pela pesquisa avalia que a questão já apresenta reflexos nas entregas de empreendimentos, que começam a atrasar. "As empresas estão contratando pessoas sem experiência para qualificá-las no próprio canteiro de obras, isso representa mais custos e tempo de execução. É preciso investir mais no ensino básico, não apenas na formação profissional. Esse debate é antigo", afirma.
Conforme o levantamento da CNI, a falta de trabalhador qualificado é citada por 65,8% dos empresários do setor como principal problema. A situação parece ser mais crítica para as empresas de grande porte, nas quais a questão preocupa 74% dos entrevistados. "Em resumo, os dados indicam que a expectativa dos empresários com relação ao crescimento do setor continua forte, mas essa expansão será menos robusta que o esperado", conclui.
São Paulo - A pesquisa sobre a atividade na construção civil, divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), confirma que o setor entrou em 2011 mostrando sinais de acomodação, após a forte expansão registrada ao longo do ano passado. Em março o indicador de atividade se manteve próximo da média de 50 pontos (ficou em 49,9 pontos), mostrando estabilidade em relação a fevereiro. Um exemplo desse cenário está na opinião dos executivos sobre a margem de lucro operacional, que no final do ano passado era considerada mais que satisfatória e passou a ser insatisfatória. Além disso, o indicador de acesso ao crédito atingiu o menor nível da série histórica.
Segundo Renato da Fonseca, gerente executivo de Pesquisa da CNI, os primeiros meses do ano foram mais difíceis para a indústria da construção, mas lembra que impacto de fatores como a maior ocorrência de chuvas, que são sazonais, devem diminuir nos próximos meses. "A questão climática é pontual, entretanto temos a desaceleração da economia como um todo, que exige um acompanhamento constante. Mas não há falta de demanda, com certeza", acrescenta Fonseca.
Com relação a falta de mão de obra, o responsável pela pesquisa avalia que a questão já apresenta reflexos nas entregas de empreendimentos, que começam a atrasar. "As empresas estão contratando pessoas sem experiência para qualificá-las no próprio canteiro de obras, isso representa mais custos e tempo de execução. É preciso investir mais no ensino básico, não apenas na formação profissional. Esse debate é antigo", afirma.
Conforme o levantamento da CNI, a falta de trabalhador qualificado é citada por 65,8% dos empresários do setor como principal problema. A situação parece ser mais crítica para as empresas de grande porte, nas quais a questão preocupa 74% dos entrevistados. "Em resumo, os dados indicam que a expectativa dos empresários com relação ao crescimento do setor continua forte, mas essa expansão será menos robusta que o esperado", conclui.