Economia

Pesquisa da CNI aponta otimismo de empresários brasileiros

Brasília - Apesar de o nível de produção industrial ter se mantido estável em relação a março e o índice de utilização da capacidade instalada ter recuado em abril, uma consulta a empresários brasileiros realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) indica que o setor continua otimista em relação ao desempenho futuro da economia brasileira. […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - Apesar de o nível de produção industrial ter se mantido estável em relação a março e o índice de utilização da capacidade instalada ter recuado em abril, uma consulta a empresários brasileiros realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) indica que o setor continua otimista em relação ao desempenho futuro da economia brasileira.

Segundo os dados da sondagem industrial divulgados hoje (27) pela entidade, o nível de produção, em abril, permaneceu estável em relação a março, mês em que os pesquisadores haviam identificado uma forte aceleração (62,9 pontos contra 51 pontos de abril). Já o índice de utilização da capacidade instalada efetiva recuou de 54 pontos em março para os 50 pontos registrados pela última pesquisa. Na média, os estoques permanecem abaixo do planejado.

"Essa estabilidade não é uma notícia ruim, pois demonstra que a produção está sendo capaz de acompanhar o crescimento da demanda, com o setor industrial operando em uma capacidade normal para o mês de abril, com estoques praticamente nos níveis desejados", afirmou o gerente-executivo da Unidade de Pesquisas da CNI, Renato da Fonseca.

A conclusão quanto ao otimismo empresarial é justificada pela constatação de que as compras de matéria prima para os próximos seis meses atingiu 62,2 pontos, um índice acima da média histórica, que é de 55,5 pontos. O indicador mais alto, 63,4 pontos, já registrado ocorreu em janeiro de 2010. Além disso, os 52 pontos relativos às expectativas com as exportações para o próximo semestre também se mantiveram inalterados.

"Além de continuar apostando na manutenção do crescimento, o empresário brasileiro está bastante otimista ao ver que a demanda continua crescendo, que ele está sendo capaz de atendê-la e com a expectativa de que esse quadro se manterá ao menos pelos próximos seis meses", concluiu Fonseca.

Os dados da sondagem variam de zero a cem. Valores abaixo de 50 pontos indicam uma expectativa negativa, ou um retrocesso em relação ao resultado do mês anterior. Acima de 50 pontos, evolução ou expectativa positiva. A última sondagem ocorreu entre 30 de abril e 20 de maio. Ao todo, foram ouvidos os representantes de 1.214 empresas. Dessas, 688 são de pequeno porte, 351 são médias e 175 são de grande porte.

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