Economia

Pela primeira vez em 3 meses, dívida pública recua e chega a 89,1% do PIB

Governo projeta que a dívida termine o ano em 87,2% do PIB; expectativa da IFI é de 92,7% ao final de 2021

A redução neste mês quase compensou o aumento do endividamento no ano todo (Bruno Domingos/Reuters)

A redução neste mês quase compensou o aumento do endividamento no ano todo (Bruno Domingos/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 30 de abril de 2021 às 11h22.

Última atualização em 30 de abril de 2021 às 14h43.

Pela primeira vez em três meses, a dívida pública brasileira diminuiu e chegou a 89,1% do PIB em março, de acordo com as estatísticas divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira.

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Com essa queda, a relação dívida/PIB deixa o maior patamar da história que foi registrado em fevereiro, quando estava em 90%. De acordo com o BC, a diminuição aconteceu principalmente devido a um resgate líquido da dívida e ao efeito do crescimento do PIB nominal. O superávit de R$ 5 bilhões do setor público em março também contribuiu.

A redução neste mês quase compensou o aumento do endividamento no ano todo. No acumulado de 2021, o crescimento da relação dívida/PIB é de 0,2 pontos percentuais.

A previsão do governo é que a dívida termine o ano em 87,2%. Já o Instituto Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado, projeta a relação dívida/PIB em 92,7% do PIB ao final de 2021.

A estatística considera a dívida pública bruta, que compreende o governo federal, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e os governos estaduais e municipais. O dado é acompanhado de perto pelo mercado financeiro para medir a capacidade do país de pagar suas dívidas, o chamado nível de solvência.

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