(Amanda Perobelli/Reuters Business)
Ligia Tuon
Publicado em 25 de junho de 2020 às 16h49.
Última atualização em 9 de julho de 2020 às 12h03.
Os pedidos de seguro-desemprego recuaram 22,9% na primeira quinzena de junho na comparação com a segunda metade de maio, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Economia nesta quinta-feira (25).
Em relação ao mesmo período de 2019, quando não havia apandemia do coronavírus, porém, o montante é 35% maior.
De maio para junho, o número de trabalhadores formais que pediram o benefício foi de 455.911 para 351.315. Na segunda metade de junho de 2019, esse número era de 260.228.
Os três estados com maior número de pedidos, segundo a pasta, foram São Paulo (109.278), Minas Gerais (37.130) e Rio de Janeiro (28.507).
No acumulado de 2020, foram contabilizados 3.648.762 pedidos. O número é 14,2% maior ao registrado no mesmo período de 2019 (3.194.122).
Do total de requerimentos no período, 250.880 (71,4%) foram realizados pela internet, ressaltou o ministério.
Na primeira quinzena de maio, o país havia contabilizado 504 mil pedidos. Em abril o mercado formal fechou 860.503 postos de trabalho, o pior resultado para todos os meses da série histórica, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Especialistas acreditam que o desemprego será o maior desafio do Brasil após a pandemia. O indicador já vinha com dificuldade de recuar desde 2016, na última recessão que o país teve, e agora voltou a subir com os impactos econômicos e financeiros da pandemia. Atualmente em 12,6%, a taxa pode chegar a 17% até o fim do ano, estima-se.
O Ministério informa que como o trabalhador tem até 120 dias para fazer o requerimento.
Os requerimentos podem ser feitos de forma 100% digital e não há espera para concessão de benefício. Mais de três em cada quatro pedidos na primeira quinzena de maio foram virtuais.