Economia

Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA têm queda inesperada

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 787 mil em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 2 de janeiro

EUA: os pedidos elevados estão em linha com outros dados que sugerem que a economia está sofrendo com as restrições empresariais e a redução nos gastos do consumidor por causa da pandemia (Bryan Woolston/Reuters)

EUA: os pedidos elevados estão em linha com outros dados que sugerem que a economia está sofrendo com as restrições empresariais e a redução nos gastos do consumidor por causa da pandemia (Bryan Woolston/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 7 de janeiro de 2021 às 13h32.

O número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego pela primeira vez caiu inesperadamente na semana passada, embora tenha continuado extremamente alto, com a recuperação do mercado de trabalho parecendo estagnar à medida que a persistente pandemia de covid-19 ameaça dominar o país.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego totalizaram 787 mil em dado ajustado sazonalmente na semana encerrada em 2 de janeiro, em comparação com 790 mil na semana anterior, disse o Departamento do Trabalho dos EUA nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 800 mil solicitações na última semana.

Os pedidos elevados estão em linha com outros dados que sugerem que a economia está sofrendo com as restrições empresariais e a redução nos gastos do consumidor por causa da pandemia. A ata da reunião do Federal Reserve de 15 e 16 de dezembro, publicada na quarta-feira, mostrou que as autoridades esperam que os casos de coronavírus crescentes "sejam particularmente desafiadores para o mercado de trabalho nos próximos meses".

Os casos de Covid-19 nos Estados Unidos saltaram para mais de 21 milhões, com o número de mortos ultrapassando 352 mil desde que o vírus apareceu pela primeira vez na China no final de 2019, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA.

Um relatório divulgado na quarta-feira mostrou que as empresas privadas perderam trabalhadores em dezembro pela primeira vez em oito meses. Dados da Homebase, uma empresa de agendamento e rastreamento das folhas de pagamento, mostraram uma queda acentuada no número de funcionários trabalhando em dezembro em comparação com novembro. Os relatórios aumentaram o risco de que a economia perca empregos em dezembro, embora uma pesquisa desta semana tenha mostrado o emprego nas indústrias se recuperando no mês passado.

O governo divulgará seu relatório de emprego para dezembro na sexta-feira. De acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas, a criação de vagas fora do setor agrícola provavelmente chegará a 71 mil, após um aumento de 245 mil em novembro.

Esse seria o menor ganho desde que a recuperação dos empregos começou em maio e significaria que a economia recuperou cerca de 12,5 milhões dos 22,2 milhões de postos de trabalho perdidos em março e abril.

Os pedidos de auxílio-desemprego estão acima do pico de 665 mil atingido durante a Grande Recessão de 2007 a 2009, embora tenham caído em relação a uma máxima recorde de 6,867 milhões alcançada em março.

O governo aprovou no final de dezembro quase 900 bilhões de dólares em estímulos fiscais adicionais, incluindo a renovação de um suplemento de auxílio-desemprego de 300 dólares até 14 de março.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusEstados Unidos (EUA)Mercado de trabalhoSeguro-desemprego

Mais de Economia

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês