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PDT critica o aumento da taxa básica de juros

Mesmo no controle do Ministério do Trabalho, o PDT se opôs às duas medidas do ajuste fiscal que endureceram o acesso a benefícios trabalhistas

André Figueiredo: o PDT se opôs às duas medidas do ajuste fiscal que endureceram o acesso a benefícios trabalhistas (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2015 às 14h05.

Brasília - Integrante da base da presidente Dilma Rousseff, a bancada do PDT na Câmara divulgou nota na qual critica o aumento da taxa básica de juros e reafirma sua oposição contrária ao "receituário neoliberal" do ministro da Fazenda, Joaquim Levy .

O comunicado é assinado pelo líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), que lamenta a nova elevação da Selic pelo Banco Central, desta vez para 13,75% ao ano. "Já não há mais como esconder que a opção do governo em render-se ao mercado financeiro se mostra definitiva", argumenta o parlamentar.

Mesmo no controle do Ministério do Trabalho, o PDT se opôs de forma ferrenha, no Congresso, às duas medidas do ajuste fiscal que endureceram o acesso a benefícios trabalhistas.

Durante a tramitação na Câmara, o partido fechou questão contra as propostas encampadas pelo Palácio do Planalto e votou em peso para tentar derrubá-las. Elas acabaram sendo aprovadas pelo Legislativo e foram enviadas para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

Figueiredo alega que cada vez mais a política do segundo mandato da petista se "identifica com governos passados que mantiveram o Brasil em longos períodos de recessão e aprofundaram a desigualdade e a exclusão social".

"A recente aprovação das MPs 664 e 665 - que cortam e limitam o acesso ao seguro desemprego e cortam a pensão das viúvas - e os cortes no orçamento de 2015 que inviabilizam os investimentos e até a manutenção da infraestrutura da educação, saúde e programas sociais, confirmam isso", acrescenta o pedetista.

O deputado afirma ainda que o PDT vai continuar caminhando "na contra-mão" da atual política econômica. "Cada vez mais o PDT expressa sua oposição a Joaquim Levy e seu receituário neoliberal. Definitivamente, não somos iguais e não caminharemos juntos."

Divergência

Ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Figueiredo disse que o PDT, embora da base, não vai abrir mão das críticas à política econômica do governo. "Queremos divergir por dentro", disse.

"É uma reafirmação de como consideramos absurda a política econômica do ministro Levy, que não tem efeito nenhum a não ser agradar o mercado financeiro."

"O que mais nos assusta é saber que eles aumentam em meio ponto porcentual (a taxa Selic) e dizem que não vai parar por aí. O único segmento que vibra com isso é o sistema financeiro", pontuou. Figueiredo defendeu ainda que o Congresso aprove alguma legislação que "freie o absurdo que está acontecendo na economia" do país.

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Brasília - Integrante da base da presidente Dilma Rousseff, a bancada do PDT na Câmara divulgou nota na qual critica o aumento da taxa básica de juros e reafirma sua oposição contrária ao "receituário neoliberal" do ministro da Fazenda, Joaquim Levy .

O comunicado é assinado pelo líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), que lamenta a nova elevação da Selic pelo Banco Central, desta vez para 13,75% ao ano. "Já não há mais como esconder que a opção do governo em render-se ao mercado financeiro se mostra definitiva", argumenta o parlamentar.

Mesmo no controle do Ministério do Trabalho, o PDT se opôs de forma ferrenha, no Congresso, às duas medidas do ajuste fiscal que endureceram o acesso a benefícios trabalhistas.

Durante a tramitação na Câmara, o partido fechou questão contra as propostas encampadas pelo Palácio do Planalto e votou em peso para tentar derrubá-las. Elas acabaram sendo aprovadas pelo Legislativo e foram enviadas para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

Figueiredo alega que cada vez mais a política do segundo mandato da petista se "identifica com governos passados que mantiveram o Brasil em longos períodos de recessão e aprofundaram a desigualdade e a exclusão social".

"A recente aprovação das MPs 664 e 665 - que cortam e limitam o acesso ao seguro desemprego e cortam a pensão das viúvas - e os cortes no orçamento de 2015 que inviabilizam os investimentos e até a manutenção da infraestrutura da educação, saúde e programas sociais, confirmam isso", acrescenta o pedetista.

O deputado afirma ainda que o PDT vai continuar caminhando "na contra-mão" da atual política econômica. "Cada vez mais o PDT expressa sua oposição a Joaquim Levy e seu receituário neoliberal. Definitivamente, não somos iguais e não caminharemos juntos."

Divergência

Ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Figueiredo disse que o PDT, embora da base, não vai abrir mão das críticas à política econômica do governo. "Queremos divergir por dentro", disse.

"É uma reafirmação de como consideramos absurda a política econômica do ministro Levy, que não tem efeito nenhum a não ser agradar o mercado financeiro."

"O que mais nos assusta é saber que eles aumentam em meio ponto porcentual (a taxa Selic) e dizem que não vai parar por aí. O único segmento que vibra com isso é o sistema financeiro", pontuou. Figueiredo defendeu ainda que o Congresso aprove alguma legislação que "freie o absurdo que está acontecendo na economia" do país.

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