Economia

Parlamentares veem esperança para fim do impasse fiscal

Washington - Republicanos e democratas no Congresso dos EUA viram sinais de esperança nesta quarta-feira por uma solução para o impasse fiscal, enquanto membros de ambos os partidos cogitaram a possibilidade de um aumento de curto prazo no teto da dívida, o que daria tempo para negociações mais amplas sobre o Orçamento. A leve mudança […]


	Paul Ryan: "Nós precisamos abrir o governo federal. Nós precisamos pagar nossas contas hoje -- e nos certificar de que possamos pagar nossas contas amanhã"
 (©AFP/Getty Images / Jeffrey Phelps)

Paul Ryan: "Nós precisamos abrir o governo federal. Nós precisamos pagar nossas contas hoje -- e nos certificar de que possamos pagar nossas contas amanhã" (©AFP/Getty Images / Jeffrey Phelps)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 14h51.

Washington - Republicanos e democratas no Congresso dos EUA viram sinais de esperança nesta quarta-feira por uma solução para o impasse fiscal, enquanto membros de ambos os partidos cogitaram a possibilidade de um aumento de curto prazo no teto da dívida, o que daria tempo para negociações mais amplas sobre o Orçamento.

A leve mudança de tom teve a ajuda de um artigo do presidente do Comitê de Orçamento da Câmara dos Deputados, Paul Ryan, de Wisconsin, que pediu uma solução negociada para o impasse, mas não mencionou as exigências dos republicanos de relacionar o custeio do governo com mudanças na lei federal da saúde.

"Agora, nós precisamos encontrar um ponto em comum", escreveu Ryan, candidato a vice-presidente pelo partido em 2012 e que vinha permanecendo de modo geral em silêncio no confronto, em artigo publicado no Wall Street Journal.

"Nós precisamos abrir o governo federal. Nós precisamos pagar nossas contas hoje -- e nos certificar de que possamos pagar nossas contas amanhã. Portanto, vamos negociar um acordo para fazer reformas modestas nos programas sociais e no código tributário", disse.

O presidente dos EUA, Barack Obama, repreendeu os republicanos na terça-feira por ameaçarem levar o caos à economia, mas disse que conversaria sobre qualquer coisa, incluindo a lei de saúde, se os republicanos pusessem fim à paralisação no governo e elevassem o teto de endividamento para um curto prazo.

O presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, rejeitou essa ideia como "rendição incondicional", mas outros republicanos mostraram interesse em considerar um acordo de curto prazo, se houver uma plataforma para negociações.


"Estou começando, a propósito, a ser um pouco esperançoso em relação à nossa situação atual. Parece que a Câmara está começando a focar nas coisas certas", disse o senador republicano Bob Corker, do Tennessee, à CNBC, referindo-se ao artigo de Ryan.

"Estamos aqui começando a falar sobre o tipo de coisa certa. Estamos começando agora a seguir na direção certa", disse Corker, mas advertiu: "Em algum momento, por volta do 13º dia deste mês, as coisas vão ficar muito voláteis se nós não estivermos próximos de um acordo." O democrata Chris Van Hollen, do Comitê de Orçamento da Câmara, disse ver raios de esperança no impasse.

"Pode haver um pouco de luz aqui. Acho que agora estamos em uma trajetória muito arriscada, mas creio que há uma possível abertura aqui. Mas, novamente, isso depende de os republicanos do Capitólio estarem interessados em se apegar a ela", declarou ele à CNBC.

O impasse provoca a paralisação do governo há nove dias e abala os mercados, diante da ameaça de que o limite de endividamento do país, de 16,7 trilhões de dólares, não seja elevado antes da data final, 17 de outubro, apontada pelo secretário do Tesouro, Jack Lew.

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