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Para OCDE, Espanha deve diminuir número de países que auxilia

Embora nos últimos anos tenha reduzido de 56 para 50 o número de países que ajuda, os fundos ainda são distribuídos entre muitas nações

'Poderia garantir um maior impacto ajudando menos países e concentrando-se nas pessoas mais pobres', diz o relatório da OCDE (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2012 às 18h17.

Paris - A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) considerou nesta segunda-feira que a Espanha poderia aproveitar melhor o orçamento destinado à cooperação se reduzisse o número de países nos quais intervém e melhorasse sua coordenação com a sociedade civil e as organizações não-governamentais.

Em um estudo sobre as políticas e programas de cooperação realizados pela Espanha, a OCDE destacou que, embora nos últimos anos tenha reduzido de 56 para 50 o número de países que ajuda, os fundos ainda são distribuídos entre muitas nações.

'Poderia garantir um maior impacto ajudando menos países e concentrando-se nas pessoas mais pobres', conclui esse relatório divulgado hoje, no qual ressalta que a Espanha é o sétimo maior doador em nível mundial em termos de volume.

Apesar dos elogios dirigidos ao país, que melhorou a qualidade de suas ajudas e praticamente as duplicou desde 2003, a organização não poupa conselhos para aumentar a eficácia das mesmas.

A OCDE aponta que quase 20% da ajuda espanhola é distribuída pelos governos regionais para colaboradores locais em países em desenvolvimento, uma prática que 'contribui para o desenvolvimento em nível local', mas da qual se pede que estejam informadas as autoridades nacionais.

A organização também insiste que a cooperação espanhola tem uma forte relação com a sociedade civil e se canaliza em uma parte importante através das ONGs, algo que poderia melhorar com uma política clara sobre 'quando, como e por que as ONGs deveriam envolver-se na ajuda oficial'.


De acordo com a OCDE, a Espanha desenvolveu seu programa de desenvolvimento para que a ajuda seja mais efetiva, mas são necessários também indicadores mais claros que sirvam para medir o impacto e os resultados.

O organismo considera, além disso, que a Espanha, em linha com os demais membros do Comitê de Assistência ao Desenvolvimento da OCDE, que agrupa os maiores doadores, deveria 'suscitar' mais sua ajuda, pois 23% da mesma está vinculada e condicionada a seus próprios juros, frente à média de 6% do Comitê.

Recomendações à parte, a OCDE louva que na Espanha, apesar de a crise econômica ter forçado o país no ano passado a reduzir seu gasto público, a cooperação ao desenvolvimento passasse de 0,23% em 2003 para 0,46% do PIB em 2009, antes de reduzir-se três décimos no ano passado.

Além disso, elogia que o governo esteja comprometido em melhorar a eficácia e para isso tenha reforçado seus programas de assistência humanitária e desenvolvido marcos para trabalhar melhor com seus países-membros, com as agências multilaterais e com o setor privado.

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Paris - A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) considerou nesta segunda-feira que a Espanha poderia aproveitar melhor o orçamento destinado à cooperação se reduzisse o número de países nos quais intervém e melhorasse sua coordenação com a sociedade civil e as organizações não-governamentais.

Em um estudo sobre as políticas e programas de cooperação realizados pela Espanha, a OCDE destacou que, embora nos últimos anos tenha reduzido de 56 para 50 o número de países que ajuda, os fundos ainda são distribuídos entre muitas nações.

'Poderia garantir um maior impacto ajudando menos países e concentrando-se nas pessoas mais pobres', conclui esse relatório divulgado hoje, no qual ressalta que a Espanha é o sétimo maior doador em nível mundial em termos de volume.

Apesar dos elogios dirigidos ao país, que melhorou a qualidade de suas ajudas e praticamente as duplicou desde 2003, a organização não poupa conselhos para aumentar a eficácia das mesmas.

A OCDE aponta que quase 20% da ajuda espanhola é distribuída pelos governos regionais para colaboradores locais em países em desenvolvimento, uma prática que 'contribui para o desenvolvimento em nível local', mas da qual se pede que estejam informadas as autoridades nacionais.

A organização também insiste que a cooperação espanhola tem uma forte relação com a sociedade civil e se canaliza em uma parte importante através das ONGs, algo que poderia melhorar com uma política clara sobre 'quando, como e por que as ONGs deveriam envolver-se na ajuda oficial'.


De acordo com a OCDE, a Espanha desenvolveu seu programa de desenvolvimento para que a ajuda seja mais efetiva, mas são necessários também indicadores mais claros que sirvam para medir o impacto e os resultados.

O organismo considera, além disso, que a Espanha, em linha com os demais membros do Comitê de Assistência ao Desenvolvimento da OCDE, que agrupa os maiores doadores, deveria 'suscitar' mais sua ajuda, pois 23% da mesma está vinculada e condicionada a seus próprios juros, frente à média de 6% do Comitê.

Recomendações à parte, a OCDE louva que na Espanha, apesar de a crise econômica ter forçado o país no ano passado a reduzir seu gasto público, a cooperação ao desenvolvimento passasse de 0,23% em 2003 para 0,46% do PIB em 2009, antes de reduzir-se três décimos no ano passado.

Além disso, elogia que o governo esteja comprometido em melhorar a eficácia e para isso tenha reforçado seus programas de assistência humanitária e desenvolvido marcos para trabalhar melhor com seus países-membros, com as agências multilaterais e com o setor privado.

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