Para Força Sindical, alta da Selic reduz consumo
Segundo central, ao elevar os juros básico da economia, "Copom ratifica o aperto monetário elevando, pela sétima vez consecutiva, a taxa básica de juros"
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 21h08.
São Paulo - A Força Sindical criticou na noite de desta quarta-feira, 15, a decisão do Comitê de Política Monetária ( Copom ) do Banco Central (BC) elevar a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, para 10,5% ao ano.
"Mais uma vez, o governo curva-se aos interesses dos especuladores. As consequências da elevação da taxa são mais do que notórias: redução do consumo, da produção e do emprego. A medida evidencia a falta de prioridade do governo com relação ao crescimento econômico e, sobretudo, com relação ao desenvolvimento econômico", afirma a Força em comunicado assinado pelo presidente Miguel Torres.
De acordo com a Força Sindical, ao elevar os juros básico da economia, "o Copom ratifica o aperto monetário elevando, pela sétima vez consecutiva, a taxa básica de juros" e "com isso, o Brasil ostenta a maior taxa de juros do mundo". "A política monetária precisa ser subordinada ao projeto de desenvolvimento do País, e não o contrário. Os resultados da indústria em 2013 foram decepcionantes, a produção industrial andou de lado, e nem ao menos recuperou a queda de 2012 (-2,7%). Essa mesma indústria, que tem um papel de dinamismo na economia, apresentou em 2013 o maior déficit comercial da história. Por outro lado, os trabalhadores já sentem os impactos dessa estagnação com a perda de empregos. A elevação da Taxa Selic agrava ainda mais o cenário, já pessimista, para 2014", afirma a nota da Força.
Contraf-CUT
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) também criticou a decisão Copom. "Este sétimo aumento consecutivo da Selic é totalmente injustificável. A inflação média anual obtida nos três últimos anos é a mais baixa desde o Plano Real. O Copom perdeu uma boa oportunidade para estancar a alta dos juros que só atende ao apetite insaciável do mercado financeiro e do capital especulativo e prejudica os trabalhadores e a sociedade brasileira", afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
"Se a inflação está controlada, não há motivos que justifiquem o pessimismo sobre os rumos da economia em 2014, como alardeiam as vozes enlouquecidas do mercado para pressionar o governo e levar vantagens", destaca. Para ele, "juros ainda mais altos encarecerão o crédito, freando a produção, o consumo e a geração de empregos e renda".
"Quem ganha com o aumento da Selic são os rentistas que aplicam em títulos da dívida pública indexados à Selic. Atualmente, segundo levantamento do Dieese, 20% estão nas mãos dos bancos e 24% são de fundos de investimentos controlados por instituições financeiras. Ou seja, é o sistema financeiro quem mais aufere ganhos com a elevação da Selic, mas nunca está satisfeito e sempre quer mais lucro", aponta o dirigente sindical.
O presidente da Contraf-CUT salienta ainda que, "com esse novo aumento da Selic, bilhões de reais serão transferidos para os donos dos títulos públicos, tirando recursos que deveriam ser canalizados para políticas sociais e de estímulo para o crescimento do país".
São Paulo - A Força Sindical criticou na noite de desta quarta-feira, 15, a decisão do Comitê de Política Monetária ( Copom ) do Banco Central (BC) elevar a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, para 10,5% ao ano.
"Mais uma vez, o governo curva-se aos interesses dos especuladores. As consequências da elevação da taxa são mais do que notórias: redução do consumo, da produção e do emprego. A medida evidencia a falta de prioridade do governo com relação ao crescimento econômico e, sobretudo, com relação ao desenvolvimento econômico", afirma a Força em comunicado assinado pelo presidente Miguel Torres.
De acordo com a Força Sindical, ao elevar os juros básico da economia, "o Copom ratifica o aperto monetário elevando, pela sétima vez consecutiva, a taxa básica de juros" e "com isso, o Brasil ostenta a maior taxa de juros do mundo". "A política monetária precisa ser subordinada ao projeto de desenvolvimento do País, e não o contrário. Os resultados da indústria em 2013 foram decepcionantes, a produção industrial andou de lado, e nem ao menos recuperou a queda de 2012 (-2,7%). Essa mesma indústria, que tem um papel de dinamismo na economia, apresentou em 2013 o maior déficit comercial da história. Por outro lado, os trabalhadores já sentem os impactos dessa estagnação com a perda de empregos. A elevação da Taxa Selic agrava ainda mais o cenário, já pessimista, para 2014", afirma a nota da Força.
Contraf-CUT
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) também criticou a decisão Copom. "Este sétimo aumento consecutivo da Selic é totalmente injustificável. A inflação média anual obtida nos três últimos anos é a mais baixa desde o Plano Real. O Copom perdeu uma boa oportunidade para estancar a alta dos juros que só atende ao apetite insaciável do mercado financeiro e do capital especulativo e prejudica os trabalhadores e a sociedade brasileira", afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.
"Se a inflação está controlada, não há motivos que justifiquem o pessimismo sobre os rumos da economia em 2014, como alardeiam as vozes enlouquecidas do mercado para pressionar o governo e levar vantagens", destaca. Para ele, "juros ainda mais altos encarecerão o crédito, freando a produção, o consumo e a geração de empregos e renda".
"Quem ganha com o aumento da Selic são os rentistas que aplicam em títulos da dívida pública indexados à Selic. Atualmente, segundo levantamento do Dieese, 20% estão nas mãos dos bancos e 24% são de fundos de investimentos controlados por instituições financeiras. Ou seja, é o sistema financeiro quem mais aufere ganhos com a elevação da Selic, mas nunca está satisfeito e sempre quer mais lucro", aponta o dirigente sindical.
O presidente da Contraf-CUT salienta ainda que, "com esse novo aumento da Selic, bilhões de reais serão transferidos para os donos dos títulos públicos, tirando recursos que deveriam ser canalizados para políticas sociais e de estímulo para o crescimento do país".