Economia

Para FMI, arrefecimento da China contribui para estabilidade

A diretora-gerente do fundo disse que o arrefecimento do crescimento da China ajuda na estabilidade econômica e financeira e para a sustentabilidade ambiental


	A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde: "à medida que a China navega na 'nova normalidade' de sua economia, também contribui para o bem comum global"
 (Jim Watson/AFP)

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde: "à medida que a China navega na 'nova normalidade' de sua economia, também contribui para o bem comum global" (Jim Watson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2015 às 09h57.

Pequim - A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse neste domingo em Pequim que o arrefecimento do crescimento da China contribui para a estabilidade econômica e financeira global e para a sustentabilidade ambiental.

Lagarde, que visita China após passar pela Índia, fez estas declarações durante sua intervenção no Fórum de Desenvolvimento da China, uma reunião em que economistas, líderes políticos e empresários analisam o futuro da segunda economia mundial.

"À medida que a China navega na "nova normalidade" de sua economia, também contribui para o bem comum global: à estabilidade econômica e financeira, à sustentabilidade ambiental e a uma aproximação multilateral igual aos urgentes desafios globais que enfrentamos", disse a diretora-gerente do FMI.

Ela voltou a pedir, como já fez na sexta-feira em discurso em Xangai, que o governo chinês siga adiante com suas reformas estruturais.

"Estas reformas levarão a um crescimento mais lento, mais seguro e mais sustentável. Isto é bom para a China e bom para o mundo. Seus destinos estão entrelaçados", insistiu a diretora do FMI.

No entanto, Lagarde também aplaudiu os "impressionantes esforços" que Pequim está efetuando com sua campanha anticorrupção (uma das maiores apostas do presidente da China, Xi Jinping, em seus dois anos no cargo), ao combater poluição e ao aumentar sua participação nos diálogos multilaterais.

"A China sabe que ninguém pode triunfar sozinho", ao acrescentar que o país asiático está unido ao resto do mundo pela necessidade de reformas estruturais, que considera necessárias para sustentar a recuperação econômica global.

A economia chinesa cresceu 7,4% ano passado, três décimos a menos que em 2013 e o mais baixo desde 1990.

Para este ano, o governo chinês rebaixou sua meta de crescimento para 7%, embora instituições como o FMI prevejam uma expansão abaixo desse número.

A instituição liderada por Lagarde prevê crescimento chinês de 6,8% em 2015 e 6,3% em 2016.

Em contraste com esta tendência, o FMI recentemente revisou para cima suas previsões de crescimento da Índia até 7,2% para o ano fiscal de 2015 e 7,5% para 2016. Se confirmadas, fariam o país superar a China na liderança dos países emergentes.

Foi exatamente na Índia que Lagarde começou sua viagem às duas potências emergentes asiáticas. Ela se reuniu com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi; o ministro das Finanças, Arun Jaitley; e o presidente do Banco de Índia, Raghuram Racha.

Em sua agenda na China estão programados encontros com o governador do banco central chinês, Zhou Xiaochuan, e o ministro das Finanças, Lou Jiwei, antes de voltar na segunda-feira para Washington.

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