Economia

Para associações, suspensão não afeta comércio da Venezuela

O Mercosul decidiu no sábado suspender a Venezuela por ruptura da ordem democrática, em meio à onda de violência relacionada à política no país

Violência na Venezuela: motivou suspensão do país (Ueslei Marcelino/Reuters)

Violência na Venezuela: motivou suspensão do país (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 10h15.

São Paulo - O presidente da Associação Venezuelana de Exportadores (Avex), Ramón Goyo, e o presidente da Confederação Venezuelana de Industriais (Conindustria), Juan Pablo Olalquiaga, afirmaram que a suspensão da Venezuela do Mercosul não afeta o comércio com os países que formam parte do bloco comercial regional, entre eles o Brasil. As declarações foram feitas em entrevista ao jornal local El Universal.

O Mercosul decidiu no sábado suspender a Venezuela por ruptura da ordem democrática, em meio à onda de violência relacionada à política no país e após a instalação na sexta-feira da Assembleia Constituinte, rejeitada pela oposição local. A Venezuela já estava suspensa pelo não cumprimento das normas de funcionamento do bloco, mas agora a suspensão ocorreu por causa da ruptura da "cláusula democrática". No domingo, o presidente do Brasil, Michel Temer, disse que o país será recebido "de braços abertos" quando estiver de volta à democracia.

A Associação Venezuelana de Exportadores afirmou que a Venezuela possui convênios firmados com Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai que tratam de questões como taxas preferenciais para as trocas no comércio. A Conindustria também garantiu que os empresários venezuelanos não serão afetados pela medida, já que ela não se relaciona às normas para importação e exportação.

O presidente da Avex disse ao jornal que, em 2016, o maior montante de exportações da Venezuela veio do Brasil, que recebeu segundo ele 90% das vendas venezuelanas.

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