Para a Abicom, reajuste da gasolina veio abaixo do esperado
A partir de quarta-feira, 25, o preço da gasolina para as distribuidoras nas refinarias da empresa passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de janeiro de 2023 às 14h41.
Última atualização em 24 de janeiro de 2023 às 14h48.
O presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, considerou o aumento do preço da gasolina anunciado na manhã desta terça-feira, 24, pela Petrobras, insuficiente para que se abra uma janela de importação do combustível.
A partir da quarta, 25, o preço da gasolina para as distribuidoras nas refinarias da empresa passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, um aumento de R$ 0,23 por litro.
Segundo Araújo, o preço no Golfo do México, usado como referência para medir a paridade de importação (PPI), política praticada pela estatal desde 2016, estava, antes do aumento, cerca de R$ 0,55 por litro em média acima do preço comercializado no mercado brasileiro.
"Ainda ficou um espaço para novo aumento, a gente esperava um reajuste maior. Desde que a Petrobras anunciou o último reajuste há 50 dias, a gasolina já subiu R$ 0,61 por litro no Golfo", informou o presidente da Abicom.
O último reajuste da Petrobras para a gasolina foi uma queda de 6,11%, em 7 de dezembro do ano passado. De acordo com Araújo, já são 13 dias de janela fechada para importação.
No caso do diesel, que não foi reajustado pela estatal, a defasagem em relação ao mercado internacional está em 9%, o que poderia levar a um aumento de R$ 0,45 por litro para atingir a paridade, no cálculo da entidade.
A Petrobras afirmou em nota que esse aumento "acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio de seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio".