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Países sul-americanos buscam na China recursos e mercado

Wen propôs estabelecer um fórum de ministros da Agricultura, que se reuniriam pela primeira vez na China em 2013

Agricultura: Percentual de terras cultiváveis sobre a área total é de 1,7% no Chile, 3,4% na Bolívia, 7,2% no Brasil, 9,6% no Paraguai, 10,7% no Uruguai e 11,3% na Argentina (EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 20h28.

Santiago do Chile - Os países agrupados no Conselho Agropecuário do Sul (CAS), que reúne Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai, se comprometeram nesta quarta-feira a buscar na China mais recursos e mercado para sua produção alimentar.

Ministros da Agricultura dos seis países participaram nesta quarta-feira em Santiago da 23ª Reunião Ordinária do CAS, constituído em 2003 e presidido temporariamente pela Argentina.

Nesta reunião foi analisada a proposta realizada pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, no dia 26 de junho em uma conferência da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal), a principal organização regional das Nações Unidas, com sede em Santiago.

Nessa ocasião, Wen propôs estabelecer um fórum de ministros da Agricultura, que se reuniriam pela primeira vez na China em 2013, para fomentar a cooperação nessa área e conseguir que o comércio agrícola supere o valor de US$ 40 bilhões nos próximos cinco anos.

Segundo explicou o secretário de Agricultura da Argentina, Lorenzo Basso, a China ofereceu um fundo específico de cooperação agrícola de US$ 50 milhões, uma proposta da qual pediram mais informação à embaixada chinesa no Chile.

Por isso, os membros do CAS aprovaram uma declaração na qual estabelecem a formação de grupos de trabalho em cada país para elaborar ''nos próximos dois ou três meses'' uma proposta relativa à oferta chinesa.

Esse documento será analisado pelos ministros na próxima reunião do CAS, em novembro.


Na declaração os ministros se comprometem a ''impulsionar estratégias regionais para identificar as oportunidades geradas pelo crescimento da Ásia'' e, especialmente, da China, destino de 25% das exportações totais de produtos alimentares dos países do CAS.

O crescimento populacional esperado na China representa um desafio para estes países. ''Nós necessariamente temos que investir em tecnologia. Quanto mais avançarmos nisso, mais produziremos'', assinalou o ministro da Agricultura do Brasil, Jorge Mendes.

''Este aumento de produção tremendo que é necessário nos próximos 30 ou 35 anos é um desafio tecnológico para produzir mais por unidade de superfície sem afetar o meio ambiente'', acrescentou o argentino Basso.

Além disso, a disponibilidade de terras é limitada, apesar de a América do Sul continuar sendo a áera de maior disponibilidade de terras para cultivo, com exceção da África, apontou Basso.

Segundo números oficiais, o percentual de terras cultiváveis sobre a área total é de 1,7% no Chile, 3,4% na Bolívia, 7,2% no Brasil, 9,6% no Paraguai, 10,7% no Uruguai e 11,3% na Argentina.

As terras cultiváveis incluem os terrenos destinados a cultivos temporários, os campos temporários para roçada ou para pasto, as terras cultivadas como hortas comerciais ou domésticas, e as terras temporariamente em repouso.

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Santiago do Chile - Os países agrupados no Conselho Agropecuário do Sul (CAS), que reúne Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai, se comprometeram nesta quarta-feira a buscar na China mais recursos e mercado para sua produção alimentar.

Ministros da Agricultura dos seis países participaram nesta quarta-feira em Santiago da 23ª Reunião Ordinária do CAS, constituído em 2003 e presidido temporariamente pela Argentina.

Nesta reunião foi analisada a proposta realizada pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, no dia 26 de junho em uma conferência da Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal), a principal organização regional das Nações Unidas, com sede em Santiago.

Nessa ocasião, Wen propôs estabelecer um fórum de ministros da Agricultura, que se reuniriam pela primeira vez na China em 2013, para fomentar a cooperação nessa área e conseguir que o comércio agrícola supere o valor de US$ 40 bilhões nos próximos cinco anos.

Segundo explicou o secretário de Agricultura da Argentina, Lorenzo Basso, a China ofereceu um fundo específico de cooperação agrícola de US$ 50 milhões, uma proposta da qual pediram mais informação à embaixada chinesa no Chile.

Por isso, os membros do CAS aprovaram uma declaração na qual estabelecem a formação de grupos de trabalho em cada país para elaborar ''nos próximos dois ou três meses'' uma proposta relativa à oferta chinesa.

Esse documento será analisado pelos ministros na próxima reunião do CAS, em novembro.


Na declaração os ministros se comprometem a ''impulsionar estratégias regionais para identificar as oportunidades geradas pelo crescimento da Ásia'' e, especialmente, da China, destino de 25% das exportações totais de produtos alimentares dos países do CAS.

O crescimento populacional esperado na China representa um desafio para estes países. ''Nós necessariamente temos que investir em tecnologia. Quanto mais avançarmos nisso, mais produziremos'', assinalou o ministro da Agricultura do Brasil, Jorge Mendes.

''Este aumento de produção tremendo que é necessário nos próximos 30 ou 35 anos é um desafio tecnológico para produzir mais por unidade de superfície sem afetar o meio ambiente'', acrescentou o argentino Basso.

Além disso, a disponibilidade de terras é limitada, apesar de a América do Sul continuar sendo a áera de maior disponibilidade de terras para cultivo, com exceção da África, apontou Basso.

Segundo números oficiais, o percentual de terras cultiváveis sobre a área total é de 1,7% no Chile, 3,4% na Bolívia, 7,2% no Brasil, 9,6% no Paraguai, 10,7% no Uruguai e 11,3% na Argentina.

As terras cultiváveis incluem os terrenos destinados a cultivos temporários, os campos temporários para roçada ou para pasto, as terras cultivadas como hortas comerciais ou domésticas, e as terras temporariamente em repouso.

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