Economia

País está preparado para crise mais aguda, diz Mantega

O ministro destacou que entre os instrumentos que o governo dispõe para proteger o país da crise estão a política monetária, a fiscal e o eventual uso de reservas cambiais

A fonte da equipe econômica argumentou que, apesar de o dólar estar muito acima do que estava quando a medida foi criada, o governo não que abrir mão da taxação do IOF sobre derivativos cambiais (Paulo Whitaker/Reuters)

A fonte da equipe econômica argumentou que, apesar de o dólar estar muito acima do que estava quando a medida foi criada, o governo não que abrir mão da taxação do IOF sobre derivativos cambiais (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2011 às 19h43.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que a economia do País está sólida e que o Brasil tem condições de enfrentar bem os efeitos da crise internacional. "O Brasil está preparado para enfrentar uma crise leve ou aguda", comentou, após participar de almoço com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O ministro destacou que entre os instrumentos que o governo dispõe para proteger o País da crise estão a política monetária, a fiscal e o eventual uso de reservas cambiais. "Temos política monetária com muitos graus de liberdade," disse o ministro da Fazenda.

"Se a crise se agravar, ficar tão forte como ocorreu em 2008, e ocorrer dificuldades para a concessão de crédito nos mercados internacional ou doméstico, aí os juros poderão cair, pois neste contexto, a inflação ficará mais bem comportada. Mas isso é uma decisão que compete ao Banco Central, que decidiria quando seria o melhor momento para tal redução da taxa (Selic)", comentou. E continuou: "Tudo isso leva em consideração o comportamento da inflação. A inflação alta é ruim para toda a sociedade".

Embora tenha ressaltado que num eventual agravamento da crise o governo preferiria utilizar mais a política monetária do que a fiscal, Mantega destacou que a gestão das contas públicas será mantida com rigor até o final do mandato da presidente Dilma Rousseff. "Vamos manter conduta fiscal forte até 2014", frisou. Em outras entrevistas, o ministro já destacou que o governo terá como meta obter superávit primário cheio neste ano, em 2012, 2013 e 2014.

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