Economia

País antecipará pagamentos ao Banco Mundial e ao BID

A estratégia de aceleração de compras de dólares é um instrumento do governo para ajudar na política cambial e evitar uma excessiva valorização do real

Sede do Banco Mundial: o governo já fez esta semana um pré-pagamento de US$ 3,1 bilhões de dívida ao Bird (Win McNamee/Getty Images)

Sede do Banco Mundial: o governo já fez esta semana um pré-pagamento de US$ 3,1 bilhões de dívida ao Bird (Win McNamee/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2011 às 07h46.

São Paulo - O Tesouro Nacional poderá comprar mais dólares no mercado interno para pagar antecipadamente dívidas com organismos multilaterais, como o Banco Mundial (Bird) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Essa estratégia de aceleração de compras de dólares é mais um instrumento que o governo está usando para ajudar na política cambial e evitar uma excessiva valorização do real.

O governo já fez esta semana um pré-pagamento de US$ 3,1 bilhões de dívida ao Bird. Foi a maior antecipação de pagamento do Tesouro a um organismo multilateral. A política de pré-pagamento deve continuar a partir de agora, segundo informou ao Grupo Estado o secretário do Tesouro, Arno Augustin. O Tesouro está analisando os contratos de financiamento com o Bird, BID e outros bancos para verificar a possibilidade de pagar as dívidas antes do prazo de vencimento.

Augustin disse que a antecipação de pagamentos abre espaço para novas compras de dólares no mercado à vista. O Tesouro, quando compra mais dólares no mercado do que o inicialmente previsto, pelo seu agente financeiro, o Banco do Brasil, acaba contribuindo para diminuir a pressão de baixa da moeda americana em relação ao real.

O secretário explicou que o Tesouro pode comprar dólares antecipadamente no mercado em duas situações: até 1.500 dias antes do vencimento das suas obrigações com o pagamento da dívida externa (esse prazo já foi alongado duas vezes para aumentar a capacidade compra); ou nos casos de antecipação de pagamentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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