Economia

Pagamento de bônus da dívida argentina é feito em 2 bancos

Juiz Thomas Griesa redigiu ordem de esclarecimento ao Euroclear Bank e ao Clearstream Banking na qual lhes permite efetuar pagamento que país fez em 26 de junho


	Cartaz contra "abutres": pela ordem, demais entidades financeiras seguem com fundos congelados
 (Enrique Marcarian/Reuters)

Cartaz contra "abutres": pela ordem, demais entidades financeiras seguem com fundos congelados (Enrique Marcarian/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2014 às 18h42.

Nova York - O juiz americano Thomas Griesa redigiu nesta sexta-feira uma ordem de esclarecimento para as entidades bancárias Euroclear Bank e Clearstream Banking na qual lhes permite efetuar o pagamento que a Argentina realizou em 26 de junho para os detentores de bônus de dívida reestruturada em dólares.

O magistrado redigiu esta ordem horas depois da audiência na qual retomou as negociações entre Argentina e os fundos especulativos que não aceitaram a reestruturação de dívida e obriga a fazer este pagamento de uma só vez, nas mesmas condições que já permitiu ao Citibank há poucos dias.

Várias entidades financeiras tinham apresentado perante Griesa uma moção de esclarecimento sobre o que deviam fazer com os fundos que a Argentina aplicou a tempo para pagar os proprietários de dívida reestruturada e que o magistrado recomendou congelar para que o país não incorresse em desacato ao tribunal, criando um conflito com as leis de outros países.

Dessa forma, Griesa teve que permitir estas exceções à cláusula "pari passu" que ele redigiu em 23 de fevereiro de 2012, segundo a qual protegia os querelantes (detentores de bônus de dívida não reestruturada) obrigando à Argentina a pagar de maneira simultânea a todos os credores.

Assim, Citibank, Eurclear, Clearstream, assim como os detentores de bônus emitidos em pesos sob a legislação argentina, são até agora os que podem efetuar o pagamento que o país sul-americano realizou a tempo para evitar a moratória.

No entanto, a ordem especifica que as demais entidades financeiras, entre elas o Bank of New York Mellon (Bony) ao qual se refere a moratória seletiva declarada na quarta-feira por Standard & Poor"s, seguem com os fundos congelados.

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