Economia

Padilha diz que Haddad vai a Congresso conversar sobre Carf e sinaliza acordo

Questionado sobre um possível acordo sobre o tema, Padilha disse apenas que, se for costurado um acordo sobre o tema, será melhor já que os dados da Fazenda são "assustadores"

Carf: O voto de qualidade permite que os desempates nos processos da corte fiscal sejam resolvidos a favor do governo (Wesley Amaral/Agência Câmara)

Carf: O voto de qualidade permite que os desempates nos processos da corte fiscal sejam resolvidos a favor do governo (Wesley Amaral/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de fevereiro de 2023 às 19h43.

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já está organizando reuniões com os líderes do Congresso para tratar da Medida Provisória (MP) que restabelece o voto de qualidade no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

Questionado sobre um possível acordo sobre o tema, Padilha disse apenas que, se for costurado um acordo sobre o tema, será melhor já que os dados da Fazenda são "assustadores", com dezenas de empresas que deixam de pagar bilhões aos cofres públicos.

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo, Haddad deve aceitar acordo com grandes empresas e bancos, grandes contribuintes.

O voto de qualidade permite que os desempates nos processos da corte fiscal sejam resolvidos a favor do governo.

Em 2020, o voto de minerva foi extinto e todos os desempates passaram a ser decididos a favor do contribuinte, o que, segundo o governo, gera perda bilionárias para os cofres da União. Além disso, não é possível o questionamento na Justiça.

"É debate importante, agora que foi retomado o ano legislativo, o Ministério da Fazenda vai ter oportunidade de vir ao Congresso debater esse tema com líderes. Haddad está organizando reuniões com líderes para esclarecer ao Congresso e à população", disse Padilha, em entrevista à Globonews. "Se nesse diálogo vier a ser construído acordo que possa garantir a cobrança justa de impostos que não estão sendo pagos, melhor. O Congresso sempre pode melhorar uma MP enviada pelo governo. Mas o princípio é fundamental", completou.

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