Otimista, ministra cita queda do desemprego e alta na renda
Tereza Campello explicou que há uma flutuação normal desses números e uma margem de erro dos levantamentos que precisa ser considerados
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2014 às 11h50.
Brasília - Alinhada com o discurso da equipe do governo, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou hoje (26) que o país tem registrado uma trajetória de queda da extrema pobreza e não deve se concentrar apenas no indicador do ano atual.
Convidada para uma audiência pública na Câmara dos Deputados , Tereza Campello ainda tentou explicar para os deputados, reunidos na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, que há uma flutuação normal desses números e uma margem de erro dos levantamentos que precisa ser considerados.
“Mesmo em situação de crise internacional, o Brasil continua tendo taxa decrescente de desemprego. Não podemos só olhar os indicadores que não nos favorece, temos que olhar os indicadores favoráveis e um deles é a aumento da renda média do brasileiro”, afirmou.
Tereza Campello foi convidada para explicar os números divulgados no início deste mês que apontam que pela primeira vez, em dez anos, aumentou o número de indivíduos em situação de miséria no Brasil. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2013 a população abaixo da linha de extrema pobreza aumentou 3,68%, passando de 10.081.225, em 2012, para 10.452.383 no ano passado.
O governo tem destacado números das últimas edições da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad) que apontam que, em 2012, a renda dos 5% mais pobres no ano cresceu 20% acima da inflação.
Os dados também mostram que, somado a 2013, o crescimento desta renda chega a 4,2%. A argumentação é que não é possível analisar os dados por apenas um ano, quando o país ainda se mantem com queda da extrema pobreza 50% maior que a prevista pelas metas do milênio da Organização das Nações Unidas (ONU).
A ministra ainda lembrou que “o compromisso da presidenta [Dilma Roussef] é manter o Brasil sem Miséria e os gastos com o Bolsa Família”, descartando riscos da crise internacional impactar no programa do Planalto de manutenção da atual política econômica.
Tereza Campello afirmou que as prioridades continuarão sendo a manutenção das taxas de emprego e renda e descartou que o aumento da inflação tenha provocado crescimento do número de miseráveis. “Teria crescido também a taxa de pobres”, disse.
Parlamentares da oposição, como o deputado Ronaldo Caiado (DEM/GO), atacaram o fato dos números serem divulgados apenas depois das eleições.
“Vou requerer à Advocacia Geral da União (AGU) para saber porque interditar os números do Ipea no período das eleições”, afirmou, ao afirmar que o governo se beneficiou dessa divulgação pós pleito.
Tereza Campello rebateu e afirmou que “a AGU deu uma orientação geral para o conjunto dos órgãos” e que a decisão do Ipea sobre as divulgações foi tomada em agosto pelo próprio órgão.
“É uma decisão tomada em agosto e não à luz da divulgação da PNAD”, completou. Na tentativa de afastar as acusações sobre uso eleitoreiro, a ministra ainda afirmou que os dados sobre o número de miseráveis estavam disponíveis na página do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) na segunda quinzena de setembro.
Brasília - Alinhada com o discurso da equipe do governo, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou hoje (26) que o país tem registrado uma trajetória de queda da extrema pobreza e não deve se concentrar apenas no indicador do ano atual.
Convidada para uma audiência pública na Câmara dos Deputados , Tereza Campello ainda tentou explicar para os deputados, reunidos na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, que há uma flutuação normal desses números e uma margem de erro dos levantamentos que precisa ser considerados.
“Mesmo em situação de crise internacional, o Brasil continua tendo taxa decrescente de desemprego. Não podemos só olhar os indicadores que não nos favorece, temos que olhar os indicadores favoráveis e um deles é a aumento da renda média do brasileiro”, afirmou.
Tereza Campello foi convidada para explicar os números divulgados no início deste mês que apontam que pela primeira vez, em dez anos, aumentou o número de indivíduos em situação de miséria no Brasil. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2013 a população abaixo da linha de extrema pobreza aumentou 3,68%, passando de 10.081.225, em 2012, para 10.452.383 no ano passado.
O governo tem destacado números das últimas edições da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad) que apontam que, em 2012, a renda dos 5% mais pobres no ano cresceu 20% acima da inflação.
Os dados também mostram que, somado a 2013, o crescimento desta renda chega a 4,2%. A argumentação é que não é possível analisar os dados por apenas um ano, quando o país ainda se mantem com queda da extrema pobreza 50% maior que a prevista pelas metas do milênio da Organização das Nações Unidas (ONU).
A ministra ainda lembrou que “o compromisso da presidenta [Dilma Roussef] é manter o Brasil sem Miséria e os gastos com o Bolsa Família”, descartando riscos da crise internacional impactar no programa do Planalto de manutenção da atual política econômica.
Tereza Campello afirmou que as prioridades continuarão sendo a manutenção das taxas de emprego e renda e descartou que o aumento da inflação tenha provocado crescimento do número de miseráveis. “Teria crescido também a taxa de pobres”, disse.
Parlamentares da oposição, como o deputado Ronaldo Caiado (DEM/GO), atacaram o fato dos números serem divulgados apenas depois das eleições.
“Vou requerer à Advocacia Geral da União (AGU) para saber porque interditar os números do Ipea no período das eleições”, afirmou, ao afirmar que o governo se beneficiou dessa divulgação pós pleito.
Tereza Campello rebateu e afirmou que “a AGU deu uma orientação geral para o conjunto dos órgãos” e que a decisão do Ipea sobre as divulgações foi tomada em agosto pelo próprio órgão.
“É uma decisão tomada em agosto e não à luz da divulgação da PNAD”, completou. Na tentativa de afastar as acusações sobre uso eleitoreiro, a ministra ainda afirmou que os dados sobre o número de miseráveis estavam disponíveis na página do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) na segunda quinzena de setembro.