Os países líderes em eficiência energética; Brasil é 34º
Índice do Conselho Mundial de Energia classifica os países pelo desempenho em segurança energética, equidade no acesso à luz e impacto ambiental
Vanessa Barbosa
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 16h10.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h27.
- 1. Energia boa, segura e acessível
1 /16(Getty Images)
São Paulo - O Brasil é o 34º país com o sistema de energia elétrica mais eficiente no mundo, segundo levantamento feito pelo Conselho Mundial de Energia (WEC, na sigla em inglês). Na edição 2013, o Índice de Sustentabilidade Energética avaliou o desempenho de mais de 100 países em três quesitos - segurança energética, equidade no acesso à luz e redução do impacto ambiental. O desafio é ter um sistema elétrico confiável, de alta qualidade e baixo custo econômico e ambiental.O estudo sugere que o Brasil deve explorar melhor as possibilidades apresentadas pela biomassa, incluindo a cana de açúcar e as reservas do pré-sal. "Ambos irão impactar a segurança energética do país positivamente e mudar o papel do país no mercado global de energia", diz o texto, destacando em seguida a necessidade de se avaliar melhor os efeitos sobre o meio ambiente e trabalhar para reduzir os riscos.Veja a colocação do Brasil no quadro abaixo:
| Ranking geral | 34º |
| Segurança energética | 27º |
| Equidade no acesso a energia | 86º |
| Redução do impacto ambiental | 17º |
2 /16(Getty Images)
A Suíça é o país com o sistema de energia mais sustentável. Osistema suíço tem o menor impacto no meio ambiente, segundo o GEC, com baixos níveis de emissões - o uso de combustíveis fósseis se restringe a apenas 2% da matriz energética.Mas asegurança energética é seu fraco, porque o país importa cerca de metade da energia que consome.
| Ranking geral | 1º |
| Segurança energética | 19º |
| Equidade no acesso a energia | 6º |
| Redução do impacto ambiental | 1º |
3 /16(SXC.Hu)
Segunda colocada no ranking, a Dinamarca mira alto: até 2020, quer que aproximadamente 50% do consumo de eletricidade seja suprido por energia eólica. A segurança energética é dimensão mais forte - o país não poupa esforços para diversificar seu portfólio de geração de eletricidade.
| Ranking geral | 2º |
| Segurança energética | 3º |
| Equidade no acesso a energia | 25º |
| Redução do impacto ambiental | 6º |
4 /16(Scott Barbour/Getty Images)
O ponto fraco da Áustria é a segurança energética, com uma proporção relativamente baixa de produção em relação a oferta total de energia. Para melhorar ainda mais a posição do país no ranking, os formuladores de políticas precisam focar em reduzir a dependência das importações de energia.
| Ranking geral | 4º |
| Segurança energética | 33º |
| Equidade no acesso a energia | 7º |
| Redução do impacto ambiental | 7º |
5 /16(Wikimedia Commons)
O aumento do consumo de energia combinado à redução da produção coloca o Reino Unido numa saia justa em termos de segurança energética. Além disso, a geração de energia ainda tem um impacto ambiental alto, uma vez que 77% da matriz é composta por termelétricas.
| Ranking geral | 5º |
| Segurança energética | 11º |
| Equidade no acesso a energia | 8º |
| Redução do impacto ambiental | 19º |
6 /16(Wikimedia Commons)
Sexto colocado no ranking geral, o Canadá é o país líder em segurança energética. Sua matriz se divide em: hidroeletricidade (59%), usinas térmoelétricas (23%), nuclear (15%) e outras fontes renováveis (3%). A alta participação de fontes termolétricas é responsável pelo desempenho baixo no quesito ambiental.
| Ranking geral | 6º |
| Segurança energética | 1º |
| Equidade no acesso a energia | 2º |
| Redução do impacto ambiental | 60º |
7 /16(Wikimedia Commons / Kjwathne)
A Noruega se destaca pela redução do impacto ambiental da geração de eletricidade. Sua matriz é dominada pela hidroeletricidade (95%).
| Ranking geral | 7º |
| Segurança energética | 51º |
| Equidade no acesso a energia | 10º |
| Redução do impacto ambiental | 8º |
8 /16(Paul Ellis/AFP)
A Nova Zelândia está bem posicionada no índice graças ao aumento no uso de fontes de energia renováveis e pela redução das emissões de CO2, diz o relatório. Mas aumentos recentes no preço da gasolina e da eletricidade reduziram a classificação do país no ranking de equidade.
| Ranking geral | 8º |
| Segurança energética | 15º |
| Equidade no acesso a energia | 26º |
| Redução do impacto ambiental | 37º |
9 /16(Wikimedia Commons)
Nona colocada no ranking, a Espanha se destaca no quesito equidade de acesso à energia. "O país oferece eletricidade de alta qualidade para todos seus cidadãos, a preços razoáveis", diz o relatório.
| Ranking geral | 9º |
| Segurança energética | 22º |
| Equidade no acesso a energia | 16º |
| Redução do impacto ambiental | 23º |
10 /16(Getty Images)
A França é o décimo país no ranking de eficiência energética. Apesar do bom desempenho, a segurança energética se mostra um desafio, que não está sendo acompanhado pela diversificação da matriz. Hoje, 76% da energia consumida no país vem de usinas nucleares,seguido de hidrelétricas (11%), termelétricas (10%) e outras fontes renováveis (3%).
| Ranking geral | 10º |
| Segurança energética | 44º |
| Equidade no acesso a energia | 5º |
| Redução do impacto ambiental | 9º |
11 /16(Getty Images)
Apesar da boa colocação em acesso à energia, a Alemanha tem desempenho ruim na redução do impacto ambiental. Mas o país trabalha para mudar esse quadro através de uma política de transição energética. O objetivo é aumentar a geração de energia a partir de fontes renováveis, reduzir consumo de energia térmica, que hoje representa 59% da matriz.
| Ranking geral | 11º |
| Segurança energética | 31º |
| Equidade no acesso a energia | 11º |
| Redução do impacto ambiental | 30º |
12 /16(.)
A Holanda é o décimo segundo país mais sustentável em energia, segundo o levantamento. Seu desempenho no quesito ambiental vem melhorando nos úlitmos anos, apoiado por uma diminuição das emissões de CO2.
| Ranking geral | 11º |
| Segurança energética | 42º |
| Equidade no acesso a energia | 23º |
| Redução do impacto ambiental | 35º |
13 /16(Wikimedia Commons)
Décimo terceiro colocado no ranking, a Finlândia tem 40% de sua energia vinda de usinas termelétricas. Apesar disso, o país vem aumento os impostos sobre os combustíveis fósseis, a fim de tornar as fontes renováveis mais competitivas.
| Ranking geral | 13º |
| Segurança energética | 37º |
| Equidade no acesso a energia | 21º |
| Redução do impacto ambiental | 45º |
14 /16(Wikimedia Commons)
A Austrália é o décimo quarto país no ranking do Conselho Mundial de Energia.
| Ranking geral | 14º |
| Segurança energética | 27º |
| Equidade no acesso a energia | 31º |
| Redução do impacto ambiental | 45º |
15 /16(Getty Images)
Décimo quinto colocado geral, os Estados Unidos lideram o ranking quando o assunto é equidade social no acesso à eletricidade. Mas o desempenho na dimensão da sustentabilidade ambiental fica bem atrás, devido ao uso intensivo de combustíveis fósseis e altas emissões.
| Ranking geral | 15º |
| Segurança energética | 12º |
| Equidade no acesso a energia | 1º |
| Redução do impacto ambiental | 86º |
16 /16(Rich Press/Bloomberg)
Mais lidas
Mais de Economia
Governo envia ao Congresso proposta de orçamento para 2025 com salário mínimo de R$ 1.509Inflação na zona do euro cai para 2,2% em agosto e aproxima-se da meta do BCEGoverno envia ao Congresso indicação de Galípolo e projetos para aumentar alíquotas da CSLL e da JCPLula diz que Galípolo terá autonomia no BC: 'Se ele falar que tem que aumentar juros, ótimo'