Relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) identifica os setores com mais oportunidades “verdes”. Mercado de produtos, serviços e tecnologias sustentáveis deve triplicar para 2,2 trilhões de dólares até 2015
Tempo de oportunidades (Getty Images)
Vanessa Barbosa
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 16h24.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h37.
São Paulo – A transição para uma economia verde é passo fundamental para alcançar o desenvolvimento sustentável, defende a ONU em novo relatório. E o caminho está repleto de oportunidades, principalmente para os países em desenvolvimento. Segundo o estudo, o mercado de produtos, serviços e tecnologias verdes vai triplicar até 2020, atingindo 2,2 trilhões de dólares. Seis setores se mostram mais promissores. Veja quais são eles nos próximos slides.
A expectativa é que o mercado internacional de bebidas e alimentos orgânicos quase duplique até 2015, passando dos 62,9 bilhões de dólares registrados em 2011 para 105 bilhões de dólares. O chá e um exemplo de sucesso dentro desse mercado. Para se ter uma ideia, a produção de chá de acordo com as normas de sustentabilidade cresceu 2000% entre os anos de 2005 e 2009.
Desde 1990, o crescimento anual na capacidade de oferta de biocombustíveis, energia eólica e solar fotovoltaica tem sido em média de 42,25 e 15%, respectivamente. Em 2010, os investimentos em oferta de energia renovável, só dos EUA, atingiram 21 bilhões de dólares , representando um aumento de cinco vezes em relação a 2004 - e mais de metade desses investimentos foram feitos em países desenvolvimento. O relatório ressalta que os países em desenvolvimento têm aumentado significativamente as exportações de equipamentos de energia renovável, como painéis solares, turbinas eólicas e aquecedores de água, e também estão expandindo seu potencial de exportação de electricidade a partir de fontes renováveis.
Em 2012, pela primeira vez, o turismo internacional atingiu a marca de um bilhão de viagens no ano. Nos países em desenvolvimento, a cota de mercado da indústria aumentou de 30% em 1980 para 47% em 2011. Para o futuro, a projeção é de saltos ainda maiores, com aumento de 57% até 2030. O subsetor que mais cresce no turismo sustentável é o ecoturismo, que se concentra em atividades ao ar livre. Muitos países em desenvolvimento desfrutam de uma vantagem comparativa em ecoturismo por causa de seus ambientes naturais, herança cultural e do potencial para o turismo de aventura.
A pesca certificada já contabiliza uma captura anual de 18 milhões de toneladas de peixes e frutos do mar. Isso representa cerca 17% da pesca internacional – e a demanda ainda supera a oferta. Além disso, prevê-se que o valor total de produtos marinhos coletados de acordo com padrões de certificação sustentável aumente dos US $ 300 milhões em 2008 para U$1,2 bilhões até 2015.
De acordo com o relatório do Pnuma, muitas indústrias estão melhorando suas práticas de sustentabilidade a fim de proteger suas posições dentro das cadeias de fornecimento internacionais. Prova disso é o aumento impressionante de 1500 % na ISO 14001, de sistemas de gestão ambiental, entre 1999 e 2009.
No início de 2013, a área total de florestas certificadas equivalia a cerca de 400 milhões de hectares, correspondendo a 10% dos recursos florestais globais. As vendas de madeira com certificados excede os 20 bilhões de dólares anualmente nos EUA.
Em nota, o Ministério da Fazenda informou que novas reuniões devem ocorrer nesta terça-feira, 5, para definir propostas para equilibrar as contas públicas
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