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Oposição tentará obstruir tramitação da reforma no plenário da Câmara

Membros da oposição acreditam que o governo não tem todos os votos necessários para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara

Previdência: Maia e governistas estão confiantes com a aprovação da reforma nesta semana (Adriano Machado/Reuters)

Previdência: Maia e governistas estão confiantes com a aprovação da reforma nesta semana (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de julho de 2019 às 15h43.

Última atualização em 8 de julho de 2019 às 19h37.

Líderes dos partidos de oposição vão se reunir nesta segunda-feira, 8, às 16h na Câmara para definir quais serão as estratégias para obstruir a tramitação da reforma da Previdência no plenário da Casa nos próximos dias. A perspectiva é que as legendas que se opõem à proposta usem o chamado "kit obstrução", uma série de medidas previstas no regimento do parlamento que podem atrasar os trabalhos.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e governistas estão confiantes na aprovação da medida esta semana na Câmara. No entanto, o próprio secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, já alertou que será preciso vencer a estratégia dos oposicionistas.

O líder da Oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), acredita que além da obstrução, os partidos terão outro obstáculo. "Não acreditamos que o governo já tenha os votos que alardeia. Além disso, acreditamos que podemos virar votos no plenário, ao longo do debate. À medida que mostrarmos a crueldade de algumas medidas, vários deputados vão mudar de posição", disse Molon ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Depois que os deputados conseguirem aprovar o texto base da reforma, em um primeiro turno, a Casa terá de avaliar destaques ao texto. Segundo Molon, a oposição deve repetir os que foram apresentados na comissão especial. De bancada foram apresentados 9.

Já para o segundo turno, a oposição vai estudar formas de barrar uma medida que poderia acelerar a tramitação que é a quebra de interstício, que depende de amplo acordo. Além da oposição, parlamentares de outras alas podem não concordar em dispensar o intervalo.

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