PAC: oposição acusa governo de vender gato por lebre
Brasília - "O governo vende gato por lebre", criticou hoje o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), sobre o balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciado esta manhã pelo governo. Dos R$ 656,5 bilhões em investimentos previstos no PAC, R$ 302,5 bilhões (46,1% do total) foram concluídos entre 2007 e […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Brasília - "O governo vende gato por lebre", criticou hoje o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), sobre o balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciado esta manhã pelo governo.
Dos R$ 656,5 bilhões em investimentos previstos no PAC, R$ 302,5 bilhões (46,1% do total) foram concluídos entre 2007 e 2010, segundo dados do 10º balanço do programa. Do total investido, porém, a maior participação é de financiamento à pessoa física (R$ 157,9 bi), seguido dos investimentos das estatais (R$ 154,5 bi).
Ao incluir o montante de financiamento à pessoa física no balanço do PAC, na avaliação de Agripino, o governo tenta maquiar os números. "Esse governo insiste no cacoete de anunciar como coisa feita uma lista de intenções", afirma.
Segundo o líder do DEM, o governo federal "não tem capacidade de gestão" para executar o PAC. "Eu gostaria muito que o PAC andasse tal como ele foi projetado", disse Agripino, referindo-se à morosidade do governo para a conclusão dos projetos. "O PAC é um elenco de obras que o governo não tem capacidade de gestão para executar", disse. "O governo é lento e insiste em vender gato por lebre", completou.
O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, João Almeida (BA), também criticou os números anunciados pelo governo hoje. Almeida afirma que, segundo levantamento feito por ele no Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira), do total de investimentos do PAC previstos no Orçamento de 2010, só 4,65% foram pagos até o final de maio.
"Esse número é o que interessa, porque mostra a capacidade do governo de executar a parte que lhe cabe. O resto é pura propaganda. O que fizeram as estatais e a iniciativa privada não deveria constar no balanço", criticou o líder tucano.
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