Operários começam a retomar ampliação do Canal do Panamá
Grupos de trabalhadores da ampliação do Canal do Panamá começaram a voltar aos postos de trabalho à espera de retomar as obras das novas eclusas de embarque
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 13h06.
Panamá - Grupos de trabalhadores da ampliação do Canal do Panamá começaram nesta quinta-feira a voltar aos postos de trabalho à espera de retomar as obras das novas eclusas de embarque, após 15 dias de suspensão por parte do consórcio liderado pela construtora espanhola Sacyr.
A emissora panamenha "TVN" mostrou hoje imagens de grupos de operários que chegavam às instalações do Grupo Unidos pelo Canal (GUPC), na região de Cocolí, no litoral do Pacífico. Alguns deles afirmaram que foram chamados ontem à noite, embora ainda não saibam o motivo exato.
"Chamaram ontem à noite para vir trabalhar. Vamos ver o que acontece. De repente nos despedem", disse um deles à televisão local, sem se identificar.
Outro rotulou de "decisão acertada" a possível retomada das obras, esperada para ocorrer imediatamente, após o pacto anunciado ontem à noite entre o GUPC e a Autoridade do Canal do Panamá (ACP).
"Estamos esperando o pagamento de todos os salários dos trabalhadores", declarou Héctor Hurtado, dirigente do sindicato da construção que disse estar feliz com a notícia do retorno das obras.
A ACP anunciou ontem à noite que o consórcio liderado por Sacyr e pela a empresa italiana Impregilo se comprometeu a retomar tudo amanhã, embora tenha esclarecido que "persistem alguns temas, nos quais não foi possível concordância", que impedem concretizar um acordo fixado definitivamente para superar o conflito contratual que afeta o projeto desde 30 de dezembro.
As partes "deram, pelo menos, 72 horas para concordar pontos" pendentes no marco das negociações que iniciaram em 7 de janeiro a fim de concordar um plano financeiro para retomar o projeto mais importante da ampliação da via interoceânica.
Os pontos são as datas de entregas das comportas das novas eclusas de embarque, o cronograma de execução das obras, o calendário de pagamento e a devolução das antecipações entregues pela ACP ao consórcio, além de "outros aspectos fundamentais no desenvolvimento do projeto", conforme informação oficial.
A ACP declarou ontem à noite que, "tão logo sejam reiniciadas as obras", entregará ao GUPC "36,8 milhões de dólares correspondentes aos trabalhos realizados em dezembro do ano passado, com o objetivo de que os trabalhadores de GUPC cobrem sua quinzena pendente e, além disso, faça frente a outras obrigações com provedores".
O GUPC concedeu em 2009 o projeto de construção do terceiro jogo de eclusas de embarque por sua oferta de US$ 3,118 bilhões. Já foram realizadas cerca de 70% das obras.
O consórcio parou totalmente as obras no último dia 5, alegando que US$ 1,6 bilhão em derrapagens o deixou sem dinheiro para continuar.
A ACP disse que os operários devem continuar, enquanto as partes acertam um plano financeiro e as reivindicações econômicas se decidem nos mecanismos internacionais de resolução de conflitos previstos no contrato.
Panamá - Grupos de trabalhadores da ampliação do Canal do Panamá começaram nesta quinta-feira a voltar aos postos de trabalho à espera de retomar as obras das novas eclusas de embarque, após 15 dias de suspensão por parte do consórcio liderado pela construtora espanhola Sacyr.
A emissora panamenha "TVN" mostrou hoje imagens de grupos de operários que chegavam às instalações do Grupo Unidos pelo Canal (GUPC), na região de Cocolí, no litoral do Pacífico. Alguns deles afirmaram que foram chamados ontem à noite, embora ainda não saibam o motivo exato.
"Chamaram ontem à noite para vir trabalhar. Vamos ver o que acontece. De repente nos despedem", disse um deles à televisão local, sem se identificar.
Outro rotulou de "decisão acertada" a possível retomada das obras, esperada para ocorrer imediatamente, após o pacto anunciado ontem à noite entre o GUPC e a Autoridade do Canal do Panamá (ACP).
"Estamos esperando o pagamento de todos os salários dos trabalhadores", declarou Héctor Hurtado, dirigente do sindicato da construção que disse estar feliz com a notícia do retorno das obras.
A ACP anunciou ontem à noite que o consórcio liderado por Sacyr e pela a empresa italiana Impregilo se comprometeu a retomar tudo amanhã, embora tenha esclarecido que "persistem alguns temas, nos quais não foi possível concordância", que impedem concretizar um acordo fixado definitivamente para superar o conflito contratual que afeta o projeto desde 30 de dezembro.
As partes "deram, pelo menos, 72 horas para concordar pontos" pendentes no marco das negociações que iniciaram em 7 de janeiro a fim de concordar um plano financeiro para retomar o projeto mais importante da ampliação da via interoceânica.
Os pontos são as datas de entregas das comportas das novas eclusas de embarque, o cronograma de execução das obras, o calendário de pagamento e a devolução das antecipações entregues pela ACP ao consórcio, além de "outros aspectos fundamentais no desenvolvimento do projeto", conforme informação oficial.
A ACP declarou ontem à noite que, "tão logo sejam reiniciadas as obras", entregará ao GUPC "36,8 milhões de dólares correspondentes aos trabalhos realizados em dezembro do ano passado, com o objetivo de que os trabalhadores de GUPC cobrem sua quinzena pendente e, além disso, faça frente a outras obrigações com provedores".
O GUPC concedeu em 2009 o projeto de construção do terceiro jogo de eclusas de embarque por sua oferta de US$ 3,118 bilhões. Já foram realizadas cerca de 70% das obras.
O consórcio parou totalmente as obras no último dia 5, alegando que US$ 1,6 bilhão em derrapagens o deixou sem dinheiro para continuar.
A ACP disse que os operários devem continuar, enquanto as partes acertam um plano financeiro e as reivindicações econômicas se decidem nos mecanismos internacionais de resolução de conflitos previstos no contrato.