Economia

Opep vê demanda robusta por petróleo mesmo com alta dos preços

Na semana passada, a Opep fechou seu primeiro acordo de corte de produção desde 2008, buscando reduzir a produção em 1,2 milhão de barris por dia

Petróleo: os preços do petróleo operavam perto de uma máxima de 16 meses nesta segunda-feira, na esteira da decisão da Opep (foto/Reuters)

Petróleo: os preços do petróleo operavam perto de uma máxima de 16 meses nesta segunda-feira, na esteira da decisão da Opep (foto/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de dezembro de 2016 às 13h52.

Última atualização em 5 de dezembro de 2016 às 16h55.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) espera que a demanda por petróleo em 2017 seja tão robusta quanto a deste ano, disse o secretário-geral do grupo em uma conferência do setor de energia nesta segunda-feira na Índia, embora o recente acordo para limitar a produção dentro do grupo possa elevar o preço para os compradores.

Mohammed Sanusi Barkindo disse a repórteres que a Ásia deverá ter um papel importante no crescimento da demanda e que há bastante espaço para a Opep e países de fora do grupo crescerem no mercado global de petróleo.

Na semana passada, a Opep fechou seu primeiro acordo de corte de produção desde 2008, buscando reduzir a produção em 1,2 milhão de barris por dia (bpd) a partir de janeiro, para enxugar o excedente global de oferta e impulsionar os preços. A organização espera contar com cortes de outros 600 mil bpd de países de fora do grupo.

Barkindo disse que a Opep convidou países não membros para uma reunião em 10 de dezembro para discutir suas contribuições. Foram convidados Rússia, Colômbia, Congo, Egito, Cazaquistão, México, Omã, Trinidad e Tobago, Turcomenistão, Uzbequistão, Bolívia, Azerbaidjão, Barein e Brunei.

"Nós queremos que os níveis de estoque fiquem numa média dos últimos cinco anos, não mais nem menos que isso", disse o executivo.

Os preços do petróleo operavam perto de uma máxima de 16 meses nesta segunda-feira, na esteira da decisão da Opep.

A alta tem preocupado grandes importadores como a Índia, que compra no exterior mais de 80 por cento do petróleo bruto que consome.

O ministro de petróleo da Índia, Dharmendra Pradhan, disse no encontro que os países produtores "precisam casar segurança de oferta com segurança de demanda" ao decidirem seus preços.

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