Economia

Opep+ mantém plano de flexibilizar cortes de produção de petróleo

Opep+, grupo formado pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, planeja reduzir a partir de janeiro os cortes de oferta

Extração de petróleo: a Agência Internacional de Energia (IEA) alertou mais cedo nesta quarta-feira que a segunda onda de covid-19 está desacelerando a demanda (Nick Oxford/Reuters)

Extração de petróleo: a Agência Internacional de Energia (IEA) alertou mais cedo nesta quarta-feira que a segunda onda de covid-19 está desacelerando a demanda (Nick Oxford/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de outubro de 2020 às 15h32.

Última atualização em 14 de outubro de 2020 às 15h52.

O ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, afirmou nesta quarta-feira que a Opep+ vai começar a flexibilizar seus cortes de produção de petróleo em 2021, conforme planejado, mesmo com um salto recente no número de casos de coronavírus no mundo.

"Apesar do início da segunda onda da epidemia, nós, em conjunto com colegas, seguimos observando a situação com otimismo e acreditamos que poderemos aumentar a produção gradualmente", disse Novak em um artigo publicado em uma revista interna do ministério.

A Opep+, grupo formado pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados como a Rússia, planeja reduzir a partir de 1º de janeiro os cortes de oferta que vem promovendo. Atualmente, a redução de bombeamento do grupo atinge 7,7 milhões de barris por dia (bpd), visando equilibrar o mercado, apoiar os preços e reduzir os estoques.

Alguns analistas acreditam que o excesso de oferta de petróleo no mundo está longe de acabar e levantam dúvidas sobre as expectativas de aumento da produção.

A Agência Internacional de Energia (IEA) alertou mais cedo nesta quarta-feira que a segunda onda de covid-19 está desacelerando a demanda e irá gerar complicações para os países produtores que têm buscado equilibrar o mercado.

Novak afirmou também que a demanda por gás natural deve recuar em até 6% em 2020, retomando só em 2022 aos níveis vistos no ano passado.

Ele acrescentou que o excesso de oferta de gás natural liquefeito (GNL) no mercado transoceânico e um futuro excesso de oferta no mercado global de gás justificariam uma ação semelhante às medidas tomadas pela Opep para o petróleo.

A Rússia tem sido ativa em um órgão internacional do setor, o Fórum de Países Exportadores de Gás (GECF), que alguns analistas comparam a uma Opep do mercado de gás.

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