Economia

Opep deve alcançar consenso até o fim do dia, diz Nigéria

Dirigentes da Opep estão reunidos em Viena para finalizar propostas para conter a produção

Opep: um acordo preliminar sobre o tema foi anunciado anteriormente na Argélia (Leonhard Foeger/File Photo/Reuters)

Opep: um acordo preliminar sobre o tema foi anunciado anteriormente na Argélia (Leonhard Foeger/File Photo/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de novembro de 2016 às 08h57.

Viena - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) deve chegar a um consenso sobre a implementação do acordo para cortar a produção da commodity ainda nesta terça-feira, afirmou um delegado da Nigéria, Ibrahim Waya. A declaração é dada dias antes da importante reunião do dia 30 do cartel em Viena.

Dirigentes da Opep estão reunidos em Viena para um encontro técnico nesta terça-feira por um segundo dia para finalizar propostas para conter a produção.

Um acordo preliminar sobre o tema foi anunciado anteriormente na Argélia. Agora, os ministros teriam de aprovar os termos da iniciativa, na conferência do dia 30.

Os delegados dizem, porém, que ainda há pontos de divergência, como as discrepâncias entre os dados independentes usados pelo grupo e os números de cada país, além dos planos do Irã de elevar sua produção.

Falando a repórteres na entrada do encontro, um membro da delegação nigeriana, Ibrahim Waya, disse que "é provável que todos estejam apoiando [um acordo] até o fim do dia". Segundo ele, esse consenso incluiria Irã e Iraque, que reclamam que a Opep subestimaria seu nível de produção.

O ministro do Petróleo iraquiano, Jabar al-Luaibi, disse neste domingo que apresentaria novas propostas para resolver as diferenças, mas Waya afirmou que elas ainda não haviam sido discutidas.

A autoridade da Nigéria disse que o controle sobre a produção duraria seis meses, não um ano como antes considerado, e que a implementação seria monitorada por um comitê técnico.

Durante o primeiro dia da reunião técnica na sede da Opep em Viena na segunda-feira, os delegados discutiram como resolver as diferenças entre os dados independentes, as chamadas fontes secundárias, e os números dos próprios países do grupo, disseram funcionários da Opep.

O Irã quer ser excluído do acordo e continuar a aumentar sua produção após se livrar de sanções internacionais, o que também é fonte de divergência, segundo os delegados.

Os funcionários disseram que as conversas têm sido produtivas, diferentemente de uma reunião técnica anterior quando houve um impasse sobre dados de produção de Iraque e Irã.

A Opep também disse que deseja a participação de países de fora do grupo para o esforço coordenado para conter a produção e estimular os preços.

Waya disse que uma declaração do presidente da Rússia, Vladimir Putin, mostrou o compromisso de Moscou de se unir à iniciativa, mesmo a Rússia não sendo parte da Opep.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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