ONU: 77% da energia pode vir de fontes renováveis até 2050
Segundo relatório do IPCC, disparada da energia limpa sobre combustíveis fósseis só será possível com adoção de políticas energéticas consistentes
Vanessa Barbosa
Publicado em 28 de março de 2014 às 19h42.
São Paulo - As energias renováveis têm potencial para se tornar a principal fonte energética mundial nas próximas quatro décadas. Responsáveis por 12,9% da produção de energia global em 2008, as fontes limpas podem dobrar sua participação até 2035 e chegar a 77% do total em 2050. A previsão é de um relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, divulgado nesta segunda-feira (9).
No entanto, de acordo com o estudo, para as fontes de renováveis se tornarem dominantes nas próximas décadas, superando os combustíveis fósseis, serão necessárias políticas energéticas específicas e consistentes. Em grande medida porque o setor precisa lidar com custos elevados para o desenvolvimento de tecnologia limpa. Outro desafio será a integração dessa energia nos sistemas elétricos nacionais.
"Com intervenções políticas que incluam os impactos ambientais nos preços das energias seria possível mensurar os efeitos negativos do uso de fontes fósseis e reconhecer os benefícios econômicos, sociais e ambientais das renováveis, o que pode estimular a sua adoção", diz um trecho do texto. O relatório da ONU mostra ainda que a emergência das fontes limpas pode evitar a emissão de 220 a 560 gigatoneladas de gases de feito estufa na atmosfera ao longo de 40 anos - entre 2020 e 2050 estão previstas emissões cumulativas totais de 1,53 trilhão de toneladas.
Dessa forma, seria possível assegurar a permanência das concentrações anuais de GEE abaixo de 450 partes por milhão, o que é suficiente para limitar o aumento da temperatura média global a dois graus centígrados e evitar as piores previsões das mudanças climáticas. No cenário mais otimista, o relatório antevê um investimento de 5,1 bilhões de dólares em energia renovável na próxima década, e mais outros 7,2 bilhões de dólares devem ser injetados no setor entre 2021 e 2030.
São Paulo - As energias renováveis têm potencial para se tornar a principal fonte energética mundial nas próximas quatro décadas. Responsáveis por 12,9% da produção de energia global em 2008, as fontes limpas podem dobrar sua participação até 2035 e chegar a 77% do total em 2050. A previsão é de um relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, divulgado nesta segunda-feira (9).
No entanto, de acordo com o estudo, para as fontes de renováveis se tornarem dominantes nas próximas décadas, superando os combustíveis fósseis, serão necessárias políticas energéticas específicas e consistentes. Em grande medida porque o setor precisa lidar com custos elevados para o desenvolvimento de tecnologia limpa. Outro desafio será a integração dessa energia nos sistemas elétricos nacionais.
"Com intervenções políticas que incluam os impactos ambientais nos preços das energias seria possível mensurar os efeitos negativos do uso de fontes fósseis e reconhecer os benefícios econômicos, sociais e ambientais das renováveis, o que pode estimular a sua adoção", diz um trecho do texto. O relatório da ONU mostra ainda que a emergência das fontes limpas pode evitar a emissão de 220 a 560 gigatoneladas de gases de feito estufa na atmosfera ao longo de 40 anos - entre 2020 e 2050 estão previstas emissões cumulativas totais de 1,53 trilhão de toneladas.
Dessa forma, seria possível assegurar a permanência das concentrações anuais de GEE abaixo de 450 partes por milhão, o que é suficiente para limitar o aumento da temperatura média global a dois graus centígrados e evitar as piores previsões das mudanças climáticas. No cenário mais otimista, o relatório antevê um investimento de 5,1 bilhões de dólares em energia renovável na próxima década, e mais outros 7,2 bilhões de dólares devem ser injetados no setor entre 2021 e 2030.