Economia

ONS vê chuvas, mas preço de energia segue alto

Segundo operador, chuvas são esperadas para diversas regiões do país na próxima semana


	Energia: custo marginal de operação do sistema elétrico para o Sudeste/Centro-Oeste e Sul voltou a subir, para 1.777,54 reais por megawatt-hora
 (Prakash Singh/AFP)

Energia: custo marginal de operação do sistema elétrico para o Sudeste/Centro-Oeste e Sul voltou a subir, para 1.777,54 reais por megawatt-hora (Prakash Singh/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 18h23.

São Paulo - Chuvas são esperadas para diversas regiões do país na próxima semana, mas não o suficiente para reduzir o custo de operação do sistema elétrico ou alterar a expectativa de que Sudeste e Centro-Oeste registrem um dos piores fevereiros em regime de chuvas.

"Em comparação com as afluências da semana anterior, prevê-se para a semana operativa de 15 a 21 de fevereiro aumento das afluências em todos os subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN), à exceção do subsistema Nordeste", informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nesta sexta-feira.

Segundo o ONS, uma frente fria no Estado de São Paulo no início da semana que vem deve ocasionar chuva fraca na bacia do rio Tietê e pancadas de chuva nas bacias dos rios Grande, Paraíba do Sul e Paranaíba. No fim da próxima semana, uma nova frente fria deverá avançar pelo Rio Grande do Sul, ocasionando chuva fraca nas bacias dos rios Uruguai e Jacuí.

A bacia do rio Tocantins permanece apresentando chuva fraca à moderada durante toda semana.

Apesar disso, este mês ainda deverá ser o segundo pior fevereiro do histórico de 84 anos em volume de chuvas para geração de energia pelas hidrelétricas na região Sudeste/Centro-Oeste. No Nordeste, deverá ser observado o pior mês de fevereiro desde 1931, informou o ONS no Sumário do Programa Mensal de Operação para a semana que vem.

O custo marginal de operação do sistema elétrico para o Sudeste/Centro-Oeste e Sul voltou a subir, para 1.777,54 reais por megawatt-hora, mantendo-se acima do custo de déficit que prevê um corte de carga de até 5 por cento para essas regiões, segundo indicação dos modelos matemáticos utilizados.

Um corte de carga, no entanto, não foi estabelecido, já que o ONS aguarda reversão do cenário de seca pelo fato de o país estar em pleno período úmido.


A indicação de geração térmica subiu para 16.026 MW médios na semana que vem, frente aos 15.550 MW médios nesta semana.

Em relação aos últimos dados divulgados, houve redução na estimativa de aumento de carga de energia no sistema em fevereiro --de alta de 15 para de 13,8 por cento.

Preço de Energia

O preço de energia de curto prazo para a próxima semana continua no patamar máximo para o ano nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul, enquanto no Nordeste recuou e no Norte mais que triplicou.

O patamar máximo e recorde histórico do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), de 822,83 reais por megawatt-hora (MWh), está valendo nas regiões Sudeste/Centro-Oeste e Sul desde o início do mês, indicando chuvas ainda escassas para abastecer reservatórios das hidrelétricas e forte demanda de carga de energia por parte dos consumidores.

Na região Nordeste, houve leve redução de 1,6 por cento no PLD nas cargas pesada e média, que caiu de 744,88 para 732,99 reais por MWh, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em seu site nesta sexta-feira. Na carga leve, a redução foi menor, de 1 por cento, de 732,99 para 725,22 reais por MWh.

No Norte, o PLD para a carga média mais que triplicou, passando de 160,61 reais por MWh para 612,71 reais por MWh. O aumento a carga média também foi superior a três vezes, passado de 152,08 para 506,33 reais por MWh. Na carga pesada, o PLD do Norte manteve-se estável a 612,71 reais.

"A redução da geração da usina Tucuruí em decorrência da diminuição de seu fator de disponibilidade provocou elevação no preço médio do submercado Norte", informou a CCEE, em nota.

Os preços são válidos para o período de 15 a 21 de fevereiro.

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