Economia

OMC intensifica corrida para acordo comercial em dezembro

O cumprimento da meta é visto como a última chance de restaurar a confiança na habilidade da OMC de reformar as regras comerciais do mundo


	O brasileiro Roberto Azevêdo, que assumiu o comando da organização no início deste mês: o novo comando promete renovar os ares na OMC
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

O brasileiro Roberto Azevêdo, que assumiu o comando da organização no início deste mês: o novo comando promete renovar os ares na OMC (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2013 às 16h34.

Genebra - Negociadores da Organização Mundial do Comércio estão avançando nos trabalhos para chegar a um acordo comercial global no valor de centenas de bilhões de dólares, mas o prazo final é dezembro e o tempo está acabando, disse o novo chefe da OMC nesta sexta-feira.

O brasileiro Roberto Azevêdo, que assumiu o comando da organização no início deste mês, disse em comunicado que "a dinâmica mudou profundamente" na semana passada, marcando uma reviravolta em relação ao desânimo verificado no início deste trimestre.

"As delegações não estão mais falando umas sobre as outras, mas estão seriamente empenhadas em firmar compromissos sobre as questões que as dividem", disse Azevêdo.

A corrida para garantir que um acordo seja alcançado durante a conferência ministerial em Bali, no fim do ano, não é somente uma oportunidade para reduzir os custos do comércio internacional de mercadorias, mas também representa o que muitos peritos vêem como a última chance de restaurar a confiança na habilidade da OMC de reformar as regras comerciais do mundo.

Christopher Wenk, diretor sênior de política internacional da Câmara de Comércio dos EUA, disse a repórteres em Genebra que os contornos de um acordo estão claros, mas que ainda tem que ver se a OMC conseguirá obter sucesso.

"Não há dúvidas de que há um sopro de ar fresco com o senhor Azevêdo assumindo", acrescentou.

"Eles estão realmente negociando, o que é simplesmente fantástico. Eles não têm realmente negociado há algum tempo por aqui, então você pode realmente sentir o aumento na atividade." Se não houver nenhum acordo em Bali, o risco para a OMC é que as grandes potências comerciais, as quais já estão gastando muito mais energia em acordos bilaterais do que nos esforços por um acordo global, desistam para sempre.

Isso, para alguns especialistas, poderia estimular o crescimento de blocos comerciais rivais e aprofundar as divisões, o oposto do que a OMC procura alcançar.

Azevêdo irá atualizar os 159 membros da OMC sobre o progresso das negociações na segunda-feira.

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