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OEA apoia Equador no impasse com Reino Unido sobre Assange

O Reino Unido se nega a dar o salvo-conduto a Assange para que ele viaje ao Equador sob o argumento de que deve ser extraditado à Suécia

Julian Assange, fundador do WikiLeaks: o apoio da OEA se soma a mostras similares de apoio expressado pela União das Nações Sul-Americanas (Rosie Hallam/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2012 às 22h06.

Nova York - A Organização dos Estados Americanos apoiou nesta sexta-feira a queixa do Equador depois que o Reino Unido ameaçou entrar em sua embaixada em Londres se não entregar o fundador do WikiLeaks, Julian Assange , abrigado na representação diplomática e a quem o governo equatoriano concedeu asilo político.

Em reunião extraordinária em Washington, os chanceleres dos países membros da OEA, com exceção do Canadá, aprovaram uma resolução na qual expressam sua "solidariedade e apoio" ao governo do Equador, que considerou essa ameaça um ato de inimizade, hostil e intolerável.

O Reino Unido se nega a dar o salvo-conduto a Assange para que ele viaje ao Equador sob o argumento de que deve ser extraditado à Suécia, onde é solicitado para ser interrogado por acusações de violação e agressão sexual.

A OEA "reitera a obrigação que todos os Estados têm de não invocar normas de direito interno para justificar o descumprimento de suas obrigações internacionais", disse a resolução aprovada.


O apoio da OEA se soma a mostras similares de apoio expressado pela União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), um bloco formado por países da América Latina.

Após a resolução da OEA, o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, reiterou que o apoio da região é "um claro chamado de atenção" ao Reino Unido pela ameaça feita ao Equador, que há dois meses abriga Assange em sua embaixada em Londres.

"Os países pequenos somos iguais. Nossa força está no direito e na dignidade e na unidade latino-americana", disse Patiño desde Washington, ao insistir que está disposto a conversar com os britânicos para uma solução negociada.

"Queremos conseguir um salvo-conduto ao senhor Assange", afirmou.

Patiño, durante sua declaração na OEA, informou que o Reino Unido entregou um comunicado à embaixada equatoriana em Londres indicando que não havia feito uma ameaça contra a sua sede diplomática. Embora o país andino aplauda a nota, disse que esperava um pedido público de desculpa.

Assange, ex-hacker de 41 anos, pediu asilo diplomático ao Equador argumentando que sua vida estaria ameaçada se fosse extraditado para a Suécia, desde onde teme ser enviado aos Estados Unidos para enfrentar acusações pela publicação de documentos secretos de Washington em 2010 por meio do WikiLeaks.

No entanto, autoridades norte-americanas negaram que pretendem processá-lo.

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Nova York - A Organização dos Estados Americanos apoiou nesta sexta-feira a queixa do Equador depois que o Reino Unido ameaçou entrar em sua embaixada em Londres se não entregar o fundador do WikiLeaks, Julian Assange , abrigado na representação diplomática e a quem o governo equatoriano concedeu asilo político.

Em reunião extraordinária em Washington, os chanceleres dos países membros da OEA, com exceção do Canadá, aprovaram uma resolução na qual expressam sua "solidariedade e apoio" ao governo do Equador, que considerou essa ameaça um ato de inimizade, hostil e intolerável.

O Reino Unido se nega a dar o salvo-conduto a Assange para que ele viaje ao Equador sob o argumento de que deve ser extraditado à Suécia, onde é solicitado para ser interrogado por acusações de violação e agressão sexual.

A OEA "reitera a obrigação que todos os Estados têm de não invocar normas de direito interno para justificar o descumprimento de suas obrigações internacionais", disse a resolução aprovada.


O apoio da OEA se soma a mostras similares de apoio expressado pela União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), um bloco formado por países da América Latina.

Após a resolução da OEA, o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, reiterou que o apoio da região é "um claro chamado de atenção" ao Reino Unido pela ameaça feita ao Equador, que há dois meses abriga Assange em sua embaixada em Londres.

"Os países pequenos somos iguais. Nossa força está no direito e na dignidade e na unidade latino-americana", disse Patiño desde Washington, ao insistir que está disposto a conversar com os britânicos para uma solução negociada.

"Queremos conseguir um salvo-conduto ao senhor Assange", afirmou.

Patiño, durante sua declaração na OEA, informou que o Reino Unido entregou um comunicado à embaixada equatoriana em Londres indicando que não havia feito uma ameaça contra a sua sede diplomática. Embora o país andino aplauda a nota, disse que esperava um pedido público de desculpa.

Assange, ex-hacker de 41 anos, pediu asilo diplomático ao Equador argumentando que sua vida estaria ameaçada se fosse extraditado para a Suécia, desde onde teme ser enviado aos Estados Unidos para enfrentar acusações pela publicação de documentos secretos de Washington em 2010 por meio do WikiLeaks.

No entanto, autoridades norte-americanas negaram que pretendem processá-lo.

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