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Ocupação cresceu 1,1% entre 2009 e 2011, aponta IBGE

Brasil contabilizou 92,5 milhões de trabalhadores em 2011, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Trabalho: na contramão do resultado nacional, apenas a Região Nordeste verificou redução na população ocupada (Jorge Rosenberg/Veja)
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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2012 às 12h32.

Rio de Janeiro - O país contabilizou 92,5 milhões de trabalhadores ocupados em 2011, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ). O montante foi 1,1% maior do que o verificado na Pnad anterior, referente a 2009, o equivalente a 1,1 milhão de empregados a mais. Houve expansão na ocupação nas regiões Norte (3,7%), Sudeste (1,6%), Sul (0,8%) e Centro-Oeste (3,3%). Na contramão do resultado nacional, apenas a Região Nordeste verificou redução na população ocupada. A queda foi de 0,9% em 2011 em relação a 2009, mas puxada pela saída de jovens do mercado de trabalho.

"Parte expressiva da queda na ocupação no Nordeste foi na faixa de 14 a 17 anos. É uma população que deseja estar na escola, terminar os estudos", explicou Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

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No Nordeste, a redução no mercado de trabalho local foi de 209 mil pessoas, sendo que, dentro da faixa etária de 14 a 17 anos, o recuo foi de 189 mil pessoas ocupadas. Segundo o IBGE, essa população jovem que antes precisava trabalhar para ajudar a família foi beneficiada pelo aumento da renda familiar, por isso pode deixar o mercado de trabalho.

"Então parte dessa queda (na ocupação) se explica pela queda no trabalho infantil. Mas tem um lado negativo, porque geração de postos de trabalho não foi suficiente para reduzir de forma mais expressiva a população desocupada no Nordeste", acrescentou.

Em 2011, a Região Nordeste ainda registrou a maior taxa de desemprego do país, de 7,9%, embora tenha apresentado grande redução em relação ao patamar da desocupação de 2009, quando estava em 8,9%.

Perfil

Apesar de a desocupação ter atingido a mínima histórica em 2011, com taxa de 6,7%, alguns grupos ainda enfrentam dificuldades para se inserir no mercado de trabalho. O típico desempregado no país é mulher, jovem, preta ou parda, que não concluiu o ensino médio e com pouca ou nenhuma experiência profissional, segundo o IBGE.


A pesquisa mostra que 59% dos desempregados eram mulheres, outros 57,6% declararam-se pretos ou pardos, 53,6% não tinham concluído o ensino médio, 35,1% não tinham trabalhado anteriormente e 33,9% tinham entre 18 e 24 anos de idade.

A pesquisa mostra que, na passagem de 2009 para 2011, a ocupação aumentou na faixa etária de 30 anos ou mais (de 67,6% para 68,8%), ao passo que a proporção de ocupados diminuiu na faixa de 15 a 29 anos (de 32,4% para 31,2%).

A taxa de desemprego de acordo com as faixas etárias também comprova que os mais velhos têm mais facilidade para ingressar no mercado de trabalho do que os mais novos. A desocupação ficou em 22,9% na faixa de 15 a 17 anos, em 15,0% de 16 a 24 anos, e em 13,8% de 18 a 24 anos. A mesma taxa cai para apenas 3,7% na faixa de 40 a 49 anos e 5,2% na faixa de 30 a 39 anos.

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