Economia

OCDE defende retirada gradual dos incentivos à economia

Londres - O saneamento orçamentário dos países ricos deverá começar em 2011 e não este ano, informou nesta quarta-feira a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, OCDE. Na Grã-Bretanha, país que se encontra em plena campanha eleitoral, a oposição conservadora mostra-se a favor de apressar esse processo. A organização, que reúne os 30 […]

Pier Carlo Padoan, economista da OCDE defende fim dos incentivos (.)

Pier Carlo Padoan, economista da OCDE defende fim dos incentivos (.)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2010 às 16h38.

Londres - O saneamento orçamentário dos países ricos deverá começar em 2011 e não este ano, informou nesta quarta-feira a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, OCDE. Na Grã-Bretanha, país que se encontra em plena campanha eleitoral, a oposição conservadora mostra-se a favor de apressar esse processo.

A organização, que reúne os 30 países mais ricos do mundo, estima em uma avaliação provisória que "apesar de alguns sinais alentadores na atividade, a fragilidade do mercado de trabalho e a influência potencialmente negativa dos mercados financeiros incitam à prudência maior no que se refere ao desmantelamento das medidas de apoio" às economias.

A OCDE pede, portanto, que os países apresentem programas de saneamento orçamentário no médio prazo e que estes sejam "claramente explicados". "Deverão ser lançados em 2011, ou inclusive antes em alguns países, e serão aplicados progressivamente para não comprometer a retomada nascente".

Questionado pela agência Dow Jones sobre o caso particular da Grã Bretanha, o principal economista da OCDE, Pier Carlo Padoan, afirmou que estr país "enfrenta como outros" um problema de dívida depois da crise, mas que o programa de saneamento anunciado pelo governo "parece poder conjurar a dinâmica desta dívida".

"O programa britânico, como em outros lugares, deverá ser anunciado hoje, mas será implementado no ano que vem", completou.

Essa tomada de posição poderá suscitar discussões em um país que realizará em 6 de maio eleições gerais concorridas nas quais o ritmo de redução do déficit público é um dos grandes assusntos. Os conservadores desejam agir rapidamente, enquanto os trabalhistas descartaram claramente começar a retirada dos incentivos neste ano.

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