Economia

Obama ataca republicanos ao se negar cortes de impostos

O presidente está montando campanha política com vistas a empurrar a culpa aos republicanos por um pacote de cortes automáticos de bilhões de dólares de gastos públicos

Presidente americano Barack Obama fala durante evento em Washington DC (AFP / Jewel Samad)

Presidente americano Barack Obama fala durante evento em Washington DC (AFP / Jewel Samad)

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Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2013 às 07h52.

Washington - O presidente Barack Obama disse nesta quinta-feira que o único que mantém unidos os republicanos é o desejo de proteger os ricos de impostos mais altos, o que significou um novo golpe no contexto de um iminente confronto orçamentário.

Obama está montando uma campanha política com vistas a empurrar a culpa aos republicanos por um pacote de cortes automáticos de bilhões de dólares de gastos públicos, que afetaria a economia dos Estados Unidos em 1° de março.

O presidente pretende substituir os cortes por um conjunto equilibrado de redução de gastos e aumento das receitas mediante o fechamento de algumas brechas fiscais, porém os republicanos no Congresso resistem à ideia de aumentar os impostos.

"Minha sensação é que sua visão básica é de que nada parece ser tão importante como aumentar os impostos dos indivíduos ricos ou corporações", disse Obama, que acrescentou que os republicanos preferem redução de gastos automáticos apesar do risco de desacelerar o crescimento econômico do país.

"Isso é o que mantém unido seu partido neste momento", ressaltou o presidente no programa liberal de rádio local de Al Sharpton.


"Acredito que neste momento os republicanos estão tão entrincheirados nessa visão de não elevar os impostos que é difícil para eles verem um direito de resposta óbvia diante deles", apontou.

Os republicanos, que perderam antes um confronto com Obama por elevar as taxas de impostos para os ricos, dizem que o debate sobre a alta dos impostos está encerrado.

A redução que pode ser apresentada no 1° de março diminuiria entre outros o gasto da Defesa em 55 bilhões de dólares e despesas discricionárias fora dessa categoria em 27 bilhões este ano.

O Centro de Política Bipartidária, uma organização sem fins lucrativos, afirmou que um milhão de empregos podem ser perdidos no final do próximo ano em razão da desaceleração provocada pela eventual vigência de cortes automáticos.

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