O 1 % encontrou uma transação que combina com seu status
Com financiamento de obras de arte, ser parte do 1 por cento agora tem um novo significado
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2015 às 18h26.
Ser parte do 1 por cento agora tem um novo significado.
Essa é aproximadamente a taxa com que o bilionário Steve Wynn está fazendo um empréstimo com sua enorme coleção de arte , pois as empresas de gestão de patrimônio estão tentando estimular os negócios com os ultrarricos do mundo.
O magnata dos cassinos colocou 59 obras como garantia para tomar um empréstimo com o Bank of America Corp., um dos vários passos que ele deu recentemente para captar dinheiro, de acordo com entrevistas e fatos relevantes.
O fundador da Wynn Resorts Ltd., de 73 anos, disse que esses acordos possibilitaram que ele tome empréstimos a menos de 1 por cento.
“Este é um ótimo momento para estar preparado com muito dinheiro”, disse Wynn, em uma mensagem enviada por e-mail através de seu porta-voz.
Novos players
As condições favoráveis destacam a concorrência cada vez maior no mercado para os empréstimos com garantia de obras de arte, pois os gestores de patrimônio estão tentando conquistar e reter clientes importantes com as taxas de juros mais baixas já vistas.
Neste mercado tradicionalmente dominado por casas de leilão e bancos, como Citigroup Inc., JPMorgan Chase Co. e Bank of America, os preços recorde das obras de arte e o aumento vertiginoso do patrimônio dos ricos estão atraindo novos players, como um empreendimento financiado pela empresa de private equity Carlyle Group LP e pela gestora de patrimônio Pictet Group, da Suíça.
“É frequente ouvir falar de pessoas interessadas em entrar nessa área, inclusive empresas de private equity, bancos comerciais e indivíduos que querem financiar transações únicas”, disse Thomas C. Danziger, sócio administrativo da Danziger, Danziger Muro que representa grandes bancos e outros credores na estruturação e documentação de empréstimos com obras de arte. “Minha expectativa é que isso só vai crescer”.
Condições amenizadas
Os gestores de patrimônio tradicionalmente ofereciam empréstimos com garantia de obras de arte como um serviço de cortesia aos clientes mais ricos.
Alguns amenizaram as condições e emitiram empréstimos do tipo com base em uma taxa de referência, como a taxa interbancária de Londres (Libor) para três meses mais um adicional de 125 pontos-base, de acordo com três pessoas familiarizadas com as condições comuns desse tipo de empréstimo.
Os consumidores com níveis de patrimônio mais triviais pagam um múltiplo disso, de acordo com sua solvência e sua garantia. A taxa média para um empréstimo de US$ 100.000 com garantia de imóvel e taxa flutuante é 3,79 por cento, de acordo com Bankrate.com.
Casas de penhor em Nova York podem chegar a cobrar juros a taxas anuais de 48 por cento.
O patrimônio pessoal de Wynn despencou cerca de 30 por cento neste ano, para um estimado de US$ 1,9 bilhão, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index. A queda reflete em grande parte a desvalorização de sua participação na Wynn Resorts, cujas ações perderam mais de metade do valor em 2015, e a empresa de cassino teve o quarto pior desempenho no Standard Poor’s 500 Index.
Entre as obras listadas está o quadro “Number 12”, de Jackson Pollock, que em seu último leilão público, em maio na Sotheby’s, arrebatou US$ 18 milhões. A lista também inclui uma escultura de uma cabeça masculina, de Alberto Giacometti, vendida por US$ 50 milhões na Sotheby’s em 2013, e o quadro “Double Elvis (Ferus Type)”, de Andy Warhol, que foi vendido por US$ 37 milhões em 2012.
Clientes importantes
As taxas extremamente baixas geralmente são reservadas aos clientes que já fazem muitos negócios com o banco ou atuam como um estímulo para que eles adiram a mais serviços, disse Andrew Rose, diretor da Art Finance Partners, uma empresa especializada em financiamento com obras de arte, em Nova York.
Normalmente, as taxas para empréstimos com garantia de obras de arte chegam a ser de 5 por cento, disse ele.
Um dos colecionadores mais famosos dos EUA, Wynn costuma exibir suas obras em seus hotéis, inclusive várias das que atuam como garantia para o Bank of America.
Ele agora faz parte do grupo de colecionadores de arte que já tomaram empréstimos usando obras como garantia, junto com Steven A. Cohen, Tom Hill e Michael Steinhardt, de acordo com os fatos relevantes.
Os colecionadores costumam tomar empréstimos para financiar outros empreendimentos, comprar mais obras ou pagar dívidas.
“Nunca tínhamos visto tanta demanda por crédito no setor quanto agora”, disse Asher Edelman, fundador e presidente da companhia de financiamento de obras de arte ArtAssure Ltd.
“Há uma enorme quantidade de demanda entre colecionadores que precisam de dinheiro e negociantes que veem oportunidades”.
Ser parte do 1 por cento agora tem um novo significado.
Essa é aproximadamente a taxa com que o bilionário Steve Wynn está fazendo um empréstimo com sua enorme coleção de arte , pois as empresas de gestão de patrimônio estão tentando estimular os negócios com os ultrarricos do mundo.
O magnata dos cassinos colocou 59 obras como garantia para tomar um empréstimo com o Bank of America Corp., um dos vários passos que ele deu recentemente para captar dinheiro, de acordo com entrevistas e fatos relevantes.
O fundador da Wynn Resorts Ltd., de 73 anos, disse que esses acordos possibilitaram que ele tome empréstimos a menos de 1 por cento.
“Este é um ótimo momento para estar preparado com muito dinheiro”, disse Wynn, em uma mensagem enviada por e-mail através de seu porta-voz.
Novos players
As condições favoráveis destacam a concorrência cada vez maior no mercado para os empréstimos com garantia de obras de arte, pois os gestores de patrimônio estão tentando conquistar e reter clientes importantes com as taxas de juros mais baixas já vistas.
Neste mercado tradicionalmente dominado por casas de leilão e bancos, como Citigroup Inc., JPMorgan Chase Co. e Bank of America, os preços recorde das obras de arte e o aumento vertiginoso do patrimônio dos ricos estão atraindo novos players, como um empreendimento financiado pela empresa de private equity Carlyle Group LP e pela gestora de patrimônio Pictet Group, da Suíça.
“É frequente ouvir falar de pessoas interessadas em entrar nessa área, inclusive empresas de private equity, bancos comerciais e indivíduos que querem financiar transações únicas”, disse Thomas C. Danziger, sócio administrativo da Danziger, Danziger Muro que representa grandes bancos e outros credores na estruturação e documentação de empréstimos com obras de arte. “Minha expectativa é que isso só vai crescer”.
Condições amenizadas
Os gestores de patrimônio tradicionalmente ofereciam empréstimos com garantia de obras de arte como um serviço de cortesia aos clientes mais ricos.
Alguns amenizaram as condições e emitiram empréstimos do tipo com base em uma taxa de referência, como a taxa interbancária de Londres (Libor) para três meses mais um adicional de 125 pontos-base, de acordo com três pessoas familiarizadas com as condições comuns desse tipo de empréstimo.
Os consumidores com níveis de patrimônio mais triviais pagam um múltiplo disso, de acordo com sua solvência e sua garantia. A taxa média para um empréstimo de US$ 100.000 com garantia de imóvel e taxa flutuante é 3,79 por cento, de acordo com Bankrate.com.
Casas de penhor em Nova York podem chegar a cobrar juros a taxas anuais de 48 por cento.
O patrimônio pessoal de Wynn despencou cerca de 30 por cento neste ano, para um estimado de US$ 1,9 bilhão, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index. A queda reflete em grande parte a desvalorização de sua participação na Wynn Resorts, cujas ações perderam mais de metade do valor em 2015, e a empresa de cassino teve o quarto pior desempenho no Standard Poor’s 500 Index.
Entre as obras listadas está o quadro “Number 12”, de Jackson Pollock, que em seu último leilão público, em maio na Sotheby’s, arrebatou US$ 18 milhões. A lista também inclui uma escultura de uma cabeça masculina, de Alberto Giacometti, vendida por US$ 50 milhões na Sotheby’s em 2013, e o quadro “Double Elvis (Ferus Type)”, de Andy Warhol, que foi vendido por US$ 37 milhões em 2012.
Clientes importantes
As taxas extremamente baixas geralmente são reservadas aos clientes que já fazem muitos negócios com o banco ou atuam como um estímulo para que eles adiram a mais serviços, disse Andrew Rose, diretor da Art Finance Partners, uma empresa especializada em financiamento com obras de arte, em Nova York.
Normalmente, as taxas para empréstimos com garantia de obras de arte chegam a ser de 5 por cento, disse ele.
Um dos colecionadores mais famosos dos EUA, Wynn costuma exibir suas obras em seus hotéis, inclusive várias das que atuam como garantia para o Bank of America.
Ele agora faz parte do grupo de colecionadores de arte que já tomaram empréstimos usando obras como garantia, junto com Steven A. Cohen, Tom Hill e Michael Steinhardt, de acordo com os fatos relevantes.
Os colecionadores costumam tomar empréstimos para financiar outros empreendimentos, comprar mais obras ou pagar dívidas.
“Nunca tínhamos visto tanta demanda por crédito no setor quanto agora”, disse Asher Edelman, fundador e presidente da companhia de financiamento de obras de arte ArtAssure Ltd.
“Há uma enorme quantidade de demanda entre colecionadores que precisam de dinheiro e negociantes que veem oportunidades”.