Economia

Número de famílias endividadas sobe para 62,2% em novembro

Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, em comparação a outubro, houve alta de 0,4 ponto porcentual

Dívidas: CNC apurou a segunda queda mensal consecutiva da inadimplência, após o indicador ter alcançado o maior patamar do ano em setembro (moodboard/Thinkstock)

Dívidas: CNC apurou a segunda queda mensal consecutiva da inadimplência, após o indicador ter alcançado o maior patamar do ano em setembro (moodboard/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 11h44.

Rio de Janeiro - A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) captou a quinta alta consecutiva do porcentual de famílias endividadas, de 62,2%, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) relativa ao mês de novembro, divulgada nesta segunda-feira, 4.

Em comparação a outubro, houve alta de 0,4 ponto porcentual. Em outubro, a taxa foi de 59,6%.

Apesar de ter registrado mais famílias endividadas, a proporção das que possuem contas em atraso diminuiu, atingindo 25,8% do total ante 26% em outubro.

Essa é a segunda queda mensal consecutiva, após o indicador ter alcançado o maior patamar do ano em setembro (26,5%). Comparado a novembro de 2016, no entanto, houve alta de 1,4 ponto porcentual.

A proporção de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes ficou estável em 10,1% entre outubro e novembro, mas apresentou alta em relação aos 9,5% de novembro de 2016.

"A taxa de desemprego ainda bastante alta ajuda a explicar a dificuldade das famílias em pagar suas contas em dia e o pessimismo elevado em relação à capacidade de pagamento", afirma Marianne Hanson, economista da CNC.

Do total de entrevistados, 14,6% declararam estar muito endividadas, o que indica estabilidade em relação ao mês anterior. Na comparação anual, houve alta de 0,1 ponto porcentual.

O porcentual de famílias que se declararam pouco endividadas teve leve alta na comparação mensal, tendo passado de 24,5% para 24,6% do total de entrevistados.

Em relação ao mesmo período de 2016, também ocorreu aumento, de 0,6 ponto porcentual.

O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas ficou em 64,2 dias em novembro, superior aos 63,3 dias de novembro de 2016.

Em média, o comprometimento com as dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 32,3% das famílias possuem dívidas por mais de um ano. Entre as endividadas, 23,8% afirmam ter mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.

Para 76,9% das famílias que possuem dívidas, o cartão de crédito permanece como a principal forma de endividamento, seguido de carnês (16,7%) e financiamento de carro (10,4%).

Os dados da Peic são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18.000 consumidores.

Acompanhe tudo sobre:Dívidaseconomia-brasileiraInadimplência

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor