Economia

Noyer, do BCE, diz que leve depreciação do euro seria lógico

Christian Noyer afirmou que o fortalecimento do euro está pesando intensamente sobre a atividade econômica e a inflação

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2014 às 17h54.

Paris - O integrante do Conselho do Banco Central Europeu Christian Noyer afirmou nesta sexta-feira que o fortalecimento do euro está pesando intensamente sobre a atividade econômica e a inflação e que seria lógico que a moeda deprecisasse.

"Não temos meta de taxa de câmbio. Mas o euro é um elemento que pesa com força sobre a atividade econômica e a inflação. Seria lógico, dada a disparidade com o ciclo dos EUA, que o euro se depreciasse um pouco", disse Noyer à revista francesa Investir.

Noyer também afirmou que o "Eurosistema" do Banco Central Europeu e de bancos centrais nacionais da zona do euro tem a capacidade de lançar um programa de compra de ativos, mas disse que sua efetividade pode ser limitada.

"Sim, sejamos claro, o Eurosistema pode de fato lançar um programa de compra de títulos ao mesmo tempo em que respeita seu mandato sobre estabilidade de preços", disse ele. "Um programa pode incluir tanto ativos públicos quanto privados".

O presidente do BCE, Mario Draghi, já afirmou que compras de ativos em larga escala fazem parte das ferramentas da instituição, mas que por enquanto a autoridade monetária vai se focar na mais recente série de medidas de estímulos, cujo impacto será avaliado ainda neste ano.

Pesquisa da Reuters com economistas aponta uma chance em três de o BCE lançar um programa de compra de ativos dentro de 12 meses.

Acompanhe tudo sobre:BCECâmbioEuroMoedasPolítica monetária

Mais de Economia

Brasil exporta 31 mil toneladas de biscoitos no 1º semestre de 2024

Corte anunciado por Haddad é suficiente para cumprir meta fiscal? Economistas avaliam

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Mais na Exame