Economia

Novos protestos contra a austeridade ocorrem em Madri

A imensa marcha pelo centro da capital espanhola foi acompanhada de perto pela polícia de choque

Protestos contra situação econômica em Madri, na Espanha, em 29 de setembro de 2012 (REUTERS/Sergio Perez)

Protestos contra situação econômica em Madri, na Espanha, em 29 de setembro de 2012 (REUTERS/Sergio Perez)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2012 às 16h15.

Milhares de pessoas responderam aos chamados do movimento dos Indignados e cercaram neste sábado o Congresso em Madri para protestar contra os planos de austeridade do governo e pedir que os líderes políticos renunciem a seus cargos.

"Renúncia!" e "Democracia!", pediam os manifestantes em cartazes em meio a uma multidão que gritava que os políticos "não nos representam".

A imensa marcha pelo centro da capital espanhola foi acompanhada de perto pela polícia de choque.

"Eu participei de todos os protestos" desde 7 de abril de 2011, a data de nascimento do movimento, disse Nuria Camacho, uma manifestante de 40 anos, ex-funcionária de uma empresa farmacêutica em Madri, que está há três meses desempregada.

"Eu estou aqui por causa dos cortes. Desde que chegou (o governo conservador de Mariano Rajoy), há alguns meses, tudo se resume a cortes, na saúde, na educação", queixou-se Nuria.

Ela também lembrou que seu filho de 20 anos, que estuda filosofia, "tem que pagar o dobro" na faculdade, cujo preço passou de 700 euros para 1.400.

"Meus pais vivem com pensões muito baixas e tem que pagar por medicamentos", ressaltou Camacho. "Temos que ir às ruas todos os dias. Acredito que pode ser um caminho sem volta" do governo, lamentou.

Com um desemprego que atinge 24,63% da população ativa, a exasperação social na Espanha é cada vez mais forte nos últimos meses por causa das medidas de austeridade e o aumento de impostos, incluindo o IVA, que afeta igualmente a todos os espanhóis.

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