Economia

Nova safra de grãos do Brasil pode crescer 4,5%, diz ministro

Segundo o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, a safra poderá atingir 170 milhões de toneladas

Plantação de soja em Mato Grosso: na safra 2011/12, com algumas colheitas sendo encerradas (Divulgação)

Plantação de soja em Mato Grosso: na safra 2011/12, com algumas colheitas sendo encerradas (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2012 às 19h45.

Cuiabá - A nova safra de grãos e oleaginosas do Brasil (2012/13) poderá atingir 170 milhões de toneladas, o que representaria um crescimento de 4,5 por cento ante a produção estimada para a temporada 2011/12, disse o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho.

O ministro não detalhou como seria esse crescimento, em entrevista a jornalistas em Cuiabá, capital do maior produtor de soja do Brasil, o Mato Grosso.

A ser confirmada a expectativa do ministro, o Brasil teria um novo recorde de produção, superando o registrado na temporada passada (2010/11), quando o país produziu 162,8 milhões de toneladas, segundo dados do Ministério da Agricultura.

Na safra 2011/12, com algumas colheitas sendo encerradas, o Brasil deve produzir 162,6 milhões de toneladas.

O Ministério da Agricultura ainda não realizou estimativa de produção para a próxima safra (2012/13). Mas alguns analistas acreditam que o plantio de safras como a soja, por exemplo, deverá apresentar forte crescimento na nova temporada, uma vez que os preços estão favoráveis.

O Imea, órgão ligado aos produtores do Estado de Mato Grosso, já prevê um crescimento de cerca de 5 por cento na área plantada com soja em 2012/13 -o plantio deve começar em meados de setembro.


Mendes Ribeiro participou na noite de quinta-feira da abertura de uma feira agropecuária em Cuiabá e nesta sexta-feira inaugura o Centro de Pesquisa da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop, polo produtor de grãos a 504 km de Cuiabá.

Ele ainda indicou que os mecanismos de apoio ao escoamento da safra, como os leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (Pep) e de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), deveriam ser desestimulados pelo governo.

O ministro avalia que o governo precisa substituir os prêmios de apoio por uma política nacional de armazenagem.

Para o ministro, os leilões de Pep e Pepro, idealizados como forma de compensar a deficiência logística em importantes regiões produtoras, são sempre a "forma mais cara para o Estado".

A primeira unidade da Embrapa em Mato Grosso, com inauguração nesta sexta-feira, teve aporte de 16 milhões de reais e contará com 24 laboratórios multiusos em uma área de 612 hectares, com experimentos de integração lavoura-pecuária-floresta e foco na agricultura de baixa emissão de carbono e indicadores de sustentabilidade.

Acompanhe tudo sobre:AgriculturaAgronegócioCommoditiesSojaTrigo

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor