Economia

S&P rebaixa para "negativa" a perspectiva da nota do Brasil

A agência poderá rebaixar a nota do Brasil, o que pode fazer com que a dívida do país caia para a categoria "especulativa"


	A agência Standard and Poor's se pronunciou sobre os reflexos econômicos das investigações por corrupção entre políticos e empresas
 (Eric Piermont/AFP)

A agência Standard and Poor's se pronunciou sobre os reflexos econômicos das investigações por corrupção entre políticos e empresas (Eric Piermont/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2015 às 16h24.

A agência de classificação de risco Standard and Poor's (S&P) anunciou em comunicado nesta terça-feira o rebaixamento da perspectiva de evolução da nota da dívida de longo prazo do Brasil, que no momento é "BBB-".

Isso significa que a agência poderá rebaixar no médio prazo a nota do Brasil, o que pode fazer com que a dívida do país caia para a categoria "especulativa".

"O Brasil enfrenta circunstâncias econômicas e sociais difíceis", explica a agência, apesar das medidas de austeridade orçamentária aprovadas recentemente serem "uma mudança política importante durante o segundo mandato da presidente Dilma Roussef".

"A quantidade de investigações por corrupção entre os políticos e as empresas pesa cada vez mais sobre as perspectivas econômicas e orçamentárias do Brasil", adverte a S&P.

"O retorno a uma trajetória de crescimento mais sólida pode levar mais tempo do que o previsto", acrescenta.

A Standard and Poor's teme, inclusive, uma contração de 2% do PIB brasileiro em 2015, e um crescimento zero no ano que vem, o que implicaria um déficit orçamentário de 7,5% do PIB nesse ano, em comparação aos 6,1% do ano passado, antes de situar-se em 5,2% em 2017.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCrise econômicaDados de BrasilDéficit público

Mais de Economia

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Fazenda mantém projeção do PIB de 2024 em 2,5%; expectativa para inflação sobe para 3,9%

Mais na Exame