Economia

Queda dos custos de energia pressiona preços na zona do euro

Preços ao consumidor nos 19 países que usam moeda única tiveram queda de 0,6% em relação a janeiro do ano passado


	Produção de petróleo: preços do petróleo caíram mais de 50 por cento desde junho e isso foi mais sentido no óleo de aquecimento na zona do euro
 (Wikimedia Commons)

Produção de petróleo: preços do petróleo caíram mais de 50 por cento desde junho e isso foi mais sentido no óleo de aquecimento na zona do euro (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 08h36.

Bruxelas - A forte queda dos preços de energia pressionou os preços ao consumidor da zona do euro em janeiro a níveis vistos pela última vez durante a crise financeira global, com apenas Malta e Áustria escapando da deflação.

Na base anual, os preços nos 19 países que usam a moeda única tiveram queda de 0,6 por cento em relação a um ano antes, informou nesta terça-feira a agência de estatísticas da UE, Eurostat, confirmando sua estimativa preliminar.

A deflação foi mais forte na Grécia em janeiro, seguida pela Espanha, embora quase todos os países da zona do euro tenham apresentado taxas negativas devido à maior queda nos preços de energia desde setembro de 2009.

A queda de 0,6 por cento igualou a taxa mais baixa vista em julho de 2009.

Os preços do petróleo caíram mais de 50 por cento desde junho e isso foi mais sentido no óleo de aquecimento na zona do euro, cujos preços caíram 26,8 por cento em janeiro na base anual, enquanto os combustíveis para transporte recuaram 15,8 por cento.

O núcleo da inflação, que exclui os voláteis preços de energia e alimentos não processados, desaceleraram para 0,6 por cento em janeiro ante 0,7 por cento nos três meses anteriores.

Esse número foi revisado de uma leitura inicial de 0,5 por cento. O Banco Central Europeu (BCE) quer manter a inflação pouco abaixo de 2 por cento no médio prazo e o risco de deflação sustentada o levou no mês passado a lançar um programa de "quantitative easing" de compras de títulos soberanos no valor de 1,1 trilhão de euros.

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