Economia

Inflação em agosto é de 0,44% e acumulado anual vai a 8,97%

É mais do que a meta do governo, estabelecida em 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais para cima (6,5%) ou para baixo (2,5%)

Carrinho de compras (divulgação/Thinkstock)

Carrinho de compras (divulgação/Thinkstock)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 9 de setembro de 2016 às 09h36.

São Paulo - A inflação no Brasil foi de 0,44% em agosto, divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É uma queda em relação a taxa de julho (0,52%) mas o dobro do registrado em agosto do ano passado (0,22%).

Isso leva o acumulado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos 12 meses para 8,97%. Só nos 8 primeiros meses do ano a inflação já está 5,42%.

É mais do que a meta do governo para o ano todo, estabelecida em 4,5% com tolerância de dois pontos percentuais para cima (6,5%) ou para baixo (2,5%). 

Garantir a convergência da inflação para o centro da meta já em 2017 é o objetivo declarado da equipe do Banco Central, que considera a velocidade de desinflação para definir o timing do corte de juros. 

"Uma flexibilização das condições monetárias dependerá de fatores que permitam maior confiança no alcance das metas para a inflação nos horizontes relevantes para a condução da política monetária, em particular da meta de 4,5% em 2017", diz a última ata do Copom divulgada essa semana,

Grupos

O maior responsável pela queda na taxa de um mês para o outro é o grupo Alimentação e Bebidas, o de maior peso no índice, que foi de 1,32% em julho para 0,30% em agosto.

Batata inglesa e feijão carioca foram dois dos itens que tiveram queda no mês mas acumulam altas fortes na comparação anual (43% e 160%, respectivamente).

Dos 9 grupos monitorados, 4 caíram e 5 subiram em relação ao mês anterior.

A maior mudança é no grupo Educação, que foi de 0,04% em julho para 0,99% em agosto, refletindo o reajuste de mensalidades para o segundo semestre.

A Olimpíada puxou um aumento de 111% nas diárias de hotel no Rio de Janeiro, o que pressionou o grupo Despesas Pessoais (de 0,70% em julho para 0,96% em agosto).

O Rio também foi uma exceção por ter tido alta nas passagens aéreas, que recuaram em 10 das 13 regiões pesquisadas e levaram o grupo Transportes de 0,40% em julho para 0,27% em agosto.

Grupo Variação Julho Variação Agosto
Índice Geral 0,52% 0,44%
Alimentação e Bebidas 1,32% 0,30%
Habitação -0,29% 0,30%
Artigos de Residência 0,53% 0,36%
Vestuário -0,38% 0,15%
Transportes 0,40% 0,27%
Saúde e cuidados pessoais 0,61% 0,80%
Despesas pessoais 0,70% 0,96%
Educação 0,04% 0,99%
Comunicação 0,02% -0,02%

.

Grupo Impacto Julho (p.p.) Impacto Agosto (p.p.)
Índice Geral 0,52 0,44
Alimentação e Bebidas 0,34 0,08
Habitação -0,04 0,05
Artigos de Residência 0,02 0,01
Vestuário -0,02 0,01
Transportes 0,07 0,05
Saúde e cuidados pessoais 0,07 0,09
Despesas pessoais 0,08 0,1
Educação 0,00 0,05
Comunicação 0,00 0,00
Acompanhe tudo sobre:EstatísticasIBGEIndicadores econômicosInflaçãoIPCAPreços

Mais de Economia

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados