Economia

Governo não renovará aumento no Imposto de Importação

Decisão é voltada para diminuir a pressão sobre a inflação em um momento em que o dólar encostou em 2,30 reais


	Importações: alíquotas maiores, que variam conforme o produto, têm validade até o fim de setembro
 (REUTERS/Andres Stapff)

Importações: alíquotas maiores, que variam conforme o produto, têm validade até o fim de setembro (REUTERS/Andres Stapff)

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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2013 às 21h50.

Brasília - O governo anunciará na quinta-feira que não renovará o aumento da alíquota de Imposto de Importação para 100 itens, definido no ano passado, uma decisão voltada para diminuir a pressão sobre a inflação em um momento em que o dólar encostou em 2,30 reais, afirmou uma fonte próxima da equipe econômica à Reuters.

As alíquotas maiores, que variam conforme o produto, têm validade até o fim de setembro e o governo decidiu antecipar o anúncio da medida para ajudar na formação das expectativas de inflação que, apesar de dar sinais de melhora, ainda continua em patamares elevados.

Assim, apesar de o imposto permanecer em patamar elevado por mais dois meses, o setor produtivo já fica informado de que ele será reduzido.

"A medida está sendo adotada para ajudar a mitigar os efeitos da valorização do dólar sobre a inflação", afirmou a fonte, acrescentando que a maior parte dessa lista é formada por insumos industriais, como aço e resina.

Em setembro do ano passado, o governo anunciou a elevação da alíquota do Imposto de Importação de 100 produtos, incluindo siderúrgicos e petroquímicos, a fim de estimular o setor industrial a enfrentar a concorrência dos produtos estrangeiros. Naquele momento, as alíquotas foram elevadas para em média 25 por cento.

De maio para cá, o dólar já subiu 14 por cento ante o real, sendo mais um fator de pressão sobre a inflação. O próprio Banco Central já informou que esse movimento é inflacionário e que serão mitigados com a adoção de uma política monetária adequada.

Em abril, o BC começou um ciclo de aperto que já elevou a Selic a 8,50 por cento ao ano, dando indicações de que vai continuar essa trajetória.

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