Economia

Desemprego na Alemanha sobe pelo 6º mês seguido

Dado mostra que a demanda doméstica pode não ser capaz de compensar a fraqueza das exportações em meio à crise da zona do euro

Berlim encerra ranking das 10 melhores cidades (Wikimedia Commons)

Berlim encerra ranking das 10 melhores cidades (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2012 às 07h58.

Berlim - O desemprego na Alemanha subiu pelo sexto mês seguido em setembro, sugerindo que a demanda doméstica pode não ser capaz de compensar a fraqueza das exportações em meio à crise da zona do euro e impulsionar o crescimento na principal economia do bloco.

O desemprego, perto do menor nível desde a reunificação, há mais de duas décadas, ficou estável em 6,8 por cento, contrastando com o mercado de trabalho ruim em muitos outros países, incluindo França e Espanha.

No entanto, o desemprego cresceu em 9 mil neste mês, uma vez que a desaceleração global e a crise de três anos da zona do euro pesa sobre as exportações e leva empresas a segurar os investimentos. Economistas esperam que o desemprego suba mais nos próximos meses.

Dados mais altos de desemprego podem se tornar uma dor de cabeça para a chanceler alemã Angela Merkel, que enfrenta uma eleição no próximo ano, e pode reduzir a disposição dos alemães médios em continuar a resgatar parceiros da região sul como a Grécia.

"O mercado de trabalho está, lentamente mas com certeza, perdendo força e todos os indicadores futuros também não indicam algo bom", disse o economista do ING Carsten Brzeski.

"Existe dúvida se o consumo privado pode realmente assumir o bastão como principal motor de crescimento para a economia alemã." A economia alemã permaneceu resiliente durante a maior parte da crise, recuperando-se da crise financeira de 2008/09, embora o crescimento tenha desacelerado no segundo trimestre deste ano para 0,3 por cento ante 0,5 por cento no primeiro.

A força do mercado de trabalho da Alemanha, resultado de reformas estruturais em meados dos anos 2000, tem sido fundamental para alimentar a demanda doméstica.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaCrise econômicaCrises em empresasDesempregoDívida públicaEmpregosEuropaNível de empregoPaíses ricos

Mais de Economia

Reforma tributária: governo quer cortar exceções para reduzir IVA e já encara oposição do Congresso

Com alíquota de 28%, Brasil pode ter o maior IVA do mundo; veja ranking

Reforma tributária: regulamentação na Câmara aumenta IVA para 28%, estima Ministério da Fazenda

Após falas sobre a Selic, Galípolo diz que foi "mal-interpretado"

Mais na Exame