Economia

Crise europeia é maior "cisne negro" da economia, diz SG

Eleições de 2015 podem trazer turbulências para a zona do euro, diz grupo francês, enquanto efeitos de petróleo mais barato podem ser surpresa positiva

Cisne negro: relatório aponta os riscos positivos e negativos para a economia global (DickDaniels/Wikimedia Commons)

Cisne negro: relatório aponta os riscos positivos e negativos para a economia global (DickDaniels/Wikimedia Commons)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 29 de novembro de 2014 às 19h54.

São Paulo - De acordo com o grupo francês Societé Générale, uma nova deterioração da zona do euro é hoje o maior risco-surpresa que pode prejudicar a economia global.

O grupo francês costuma divulgar uma lista de "cisnes negros" - eventos possíveis, mas improváveis, que teriam efeito negativo sobre o crescimento econômico mundial.

No relatório de dezembro, uma nova deterioração da zona do euro ficou em primeiro lugar, com 30% de chance, na frente de um "pouso forçado" da China, com 20%.

Os "cisnes negros" são, em ordem de possibilidade crescente: a possibilidade de que a crise na Ucrânia vire uma turbulência energética (5%), uma venda generalizada de títulos do Tesouro americano que leve a uma crise (15%), os efeitos de uma eleição com resultados "bagunçados" no Reino Unido (15%) e os desenvolvimentos na China e na zona do euro já citados.

A possível deterioração europeia estaria ligada a movimentos da política: "em um ano marcado por muitas eleições (algumas agendadas, outras possíveis) na zona do euro, riscos políticos serão maiores. A primeira consequência é que isso vai provavelmente deixar mais lentas as reformas de agenda antes das eleições. Isso está considerado no nosso cenário-base. O que não está, no entanto, é o risco de um partido que favorece a reestruturação das dívidas chegar ao poder." 

Os "cisnes brancos", também em ordem crescente de possibilidade, são uma política amigável ao crescimento na Europa (10%) e uma melhora global generalizada decorrente da queda dos preços do petróleo (40%). 

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