Economia

Normalização da política monetária do BCE deve começar agora, diz Nowotny

Ewald Nowotny mostrou-se cauteloso no entanto, em relação aos atuais atritos comerciais entre os Estados Unidos e a China

Banco Central Europeu: BCE deve apresentar nos próximos meses como vai reduzir o programa de estímulo de 2,5 trilhões de euros que vem usando para ajudar a economia da zona do euro (/Heinz-Peter Bader/File Photo/Reuters)

Banco Central Europeu: BCE deve apresentar nos próximos meses como vai reduzir o programa de estímulo de 2,5 trilhões de euros que vem usando para ajudar a economia da zona do euro (/Heinz-Peter Bader/File Photo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de abril de 2018 às 10h20.

Londres - O Banco Central Europeu (BCE) deveria começar a normalizar sua política monetária, disse um de seus membros mais experientes, Ewald Nowotny, nesta terça-feira.

O BCE deve apresentar nos próximos meses como vai reduzir o programa de estímulo de 2,5 trilhões de euros que vem usando para ajudar a economia da zona do euro nos últimos três anos.

"Agora acho que é hora de uma gradual normalização da política monetária", disse Nowotny, que dirige o banco central da Áustria, durante um discurso na conferência econômica SUERF.

"Essa normalização requer um equilíbrio delicado de medidas, bem como uma sequência cuidadosa no tempo", acrescentou ele, dizendo que há riscos tanto em ser agressivo demais com o processo quanto em começar tarde demais.

Ele mostrou-se cauteloso no entanto, em relação aos atuais atritos comerciais entre os Estados Unidos e a China. "As guerras comerciais têm efeitos negativos para todos os envolvidos", disse Nowotny.

"Os efeitos diretos podem estar no lado da taxa de câmbio, mas isso é difícil de ver ou prever porque hoje temos tantas ligações, temos longas cadeias de produção ... Isso pode ter efeitos negativos na estabilidade financeira, mas os efeitos na política monetária não são muito claras ".

Nowotny disse ainda que o BCE não tem uma meta de taxa de câmbio e que ele não quer que o banco central faça qualquer mudanças em sua meta de manter a inflação abaixo de 2 por cento no médio prazo.

 

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