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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - A atividade econômica apresenta comportamentos distintos nas regiões do país, indica o Boletim Regional do Banco Central (BC), divulgado hoje (3). Enquanto na Região Norte foi registrada continuidade da recuperação e no Nordeste houve "expansão vigorosa", no Centro-Oeste, Sul e Sudeste houve redução no ritmo de crescimento.
Segundo o relatório, a economia do Nordeste "seguiu a tendência observada em nível nacional, no primeiro trimestre de 2010, apresentando expansão vigorosa, comparativamente ao mesmo período do ano anterior". Segundo o relatório, o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos, nesse período, cresceu 9,5% na Bahia, 8,9% no Ceará e 7,8% em Pernambuco.
"A evolução dos principais indicadores da atividade econômica sinalizou a continuidade desse desempenho no trimestre encerrado em maio", informa o relatório. O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR-NE), calculado pelo BC, apresentou expansão de 3,3%. No trimestre encerrado em fevereiro, em relação ao finalizado em novembro, o crescimento havia sido de 2,2%.
Já a atividade econômica na Região Norte segue em recuperação, apesar do menor crescimento do IBCR-N. Esse indicador cresceu 1,3% no trimestre encerrado em maio em relação ao finalizado em fevereiro, quando o indicador havia crescido 4,3%, no mesmo tipo de comparação (em relação ao trimestre encerrado em novembro). O impulso para a região vem da indústria que "cresceu acima de 20% nos cinco primeiro meses deste ano, em relação a igual período de 2009". Essa expansão da indústria é reflexo do fortalecimento da demanda interna, com aumento das vendas varejistas.
No Centro-Oeste, houve "arrefecimento" da atividade econômica, informa o boletim. O IBCR-CO registrou alta de 1,4% no trimestre encerrado em maio, em relação ao finalizado em fevereiro, quando havia crescido 3,2%, segundo o mesmo tipo de comparação. O boletim destaca o "relativo dinamismo da indústria e da pecuária bovina, e a ampliação na geração de empregos, que deverá assegurar o desempenho do comércio varejista da região".
Na Região Sudeste também foi registrada redução no ritmo de expansão, apesar do dinamismo da produção industrial. O IBCR-SE cresceu 1,3% no trimestre encerrado em maio, em relação ao finalizado em fevereiro. A expansão anterior havia sido de 3,2%.
No Sul também foi verificado menor ritmo da atividade econômica, com crescimento de 1,8% do IBCR-S, no trimestre encerrado em maio, em relação ao finalizado em fevereiro, quando havia aumentado 3,9% no mesmo tipo de comparação. O boletim enfatiza ainda que "o dinamismo do consumo interno vem originando algum descompasso entre a oferta e a demanda [por produtos e serviços] agregadas, suscitando a atuação do Banco Central para assegurar a manutenção da estabilidade dos preços".
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