Economia

Nordeste precisaria de R$ 71 bilhões para resolver gargalos

Resolver os gargalos de infraestrutura é questão fundamental para a economia da região que hoje é responsável por apenas 13,4% do PIB nacional

Lucas Amorim, editor da revista EXAME, Renato Pavan, presidente da Macrologística, Juliana Baiard, diretora da Odebrecht e economista Jorge Jatobá falam sobre os gargalos de infraestrutura do Nordeste (EXAME/ Aline Pacheco)

Lucas Amorim, editor da revista EXAME, Renato Pavan, presidente da Macrologística, Juliana Baiard, diretora da Odebrecht e economista Jorge Jatobá falam sobre os gargalos de infraestrutura do Nordeste (EXAME/ Aline Pacheco)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 18h54.

Salvador - Um mapeamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que, para resolver todos os gargalos de infraestrutura de transportes nos estados da região Nordeste, seriam necessários R$ 71 bilhões a serem gastos em 196 projetos.

Segundo Renato Pavan, presidente da Macrologística, que apresentou o levantamento do projeto Nordeste Competitivo, após uma ordenação por prioridade se chegou a 83 projetos com custo total de 25 bilhões.

Apesar de R$ 25 bilhões ainda ser uma grande quantia, o retorno desse investimento em redução de custos e ganho de produtividade seria de R$ 4,4 bilhões, disse Pavan.

Resolver os gargalos de infraestrutura é questão fundamental para a economia da região que hoje é responsável por apenas 13,4% do PIB do Brasil mesmo tendo quase 30% da população nacional. 

De acordo com o economista Jorge Jatobá, que junto com Pavan e Juliana Baiard, da Odebrecht, participou de debate no EXAME Fórum Nordeste nesta terça, é triste a comparação do progresso econômico da região quando comparado ao resto do país.

Em 1995, o Nordeste era responsável por 10% da economia nacional. Em 2011, a participação passou para 13,4%. Isto é, a região levou 15 anos para crescer 3,4 pontos percentuais - e grande parte desse pequeno crescimento se deve ao Bolsa Família. 

"Há uma profunda desigualdade na comparação com o país e a produtividade brasileira já está muito abaixo da mundial. Sem uma boa qualidade da força de trabalho e sem uma boa infraestrutura, esses números não vão crescer mesmo", disse Jatobá. 

Já Juliana Baiard, que é diretora de Portos e Logísticas da Odebrecht, destacou que a falta de planejamento do poder público também é um entrave para as empresas na hora de escolher onde investir.

"Falta planejamento e falta também saber identificar a vocação de cada lugar para saber o tipo de empreendimento adequado. Isso tudo acaba atrasando a execução dos projetos", disse.

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